domingo, 29 de abril de 2012

Frente pela Regulação da Publicidade de Alimentos chama atenção da Anvisa por parceria com Coca-Cola



A Frente pela Regulação da Publicidade de Alimentos publicou uma nota de repúdio à atitude da Anvisa de dar repercussão a uma ação patrocinada pela Coca-Cola Brasil.

Você pode conferir a nota na íntegra a seguir:


NOTA DE REPÚDIO


A Frente pela Regulamentação da Publicidade de Alimentos vem a público repudiar a instalação de exposição sobre a campanha denominada “Emagrece, Brasil!” na sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ao abrir suas portas para esta exposição e incluir na programação da I Semana de Vigilância Sanitária no Congresso Nacional campanha cujo patrocínio exclusivo é de uma das maiores empresas de refrigerantes do mundo, a ANVISA adota práticas há muito tempo condenadas na área da saúde, evidenciando um flagrante conflito de interesses e descaso com os movimentos da sociedade civil alinhados à ética e à equidade da ação regulatória estatal no campo da alimentação e nutrição. Os efeitos danosos do consumo de refrigerantes sobre a saúde humana e, em particular, sobre o risco de obesidade, são incontestáveis. Igualmente conhecidas são as agressivas e abusivas estratégias de marketing utilizadas por empresas produtoras de refrigerantes, incluindo em particular aquela que, ironicamente, patrocina a campanha ‘Emagrece, Brasil’.


Causa-nos também revolta ler no ‘press release’ da exposição que ela ‘...está de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde para uma alimentação saudável e combate às doenças crônicas’. Isso absolutamente não é verdade. Em primeiro lugar, a campanha e a exposição enfatizam o ‘tratamento’ da obesidade quando a ênfase correta, sabem todos os técnicos do Ministério, e sabemos todos nós, é a prevenção. O tratamento da obesidade, seja por meio de medicamentos ou de ‘dietas’, tem baixíssima eficácia. A mensagem principal da campanha é a de que você pode comer tudo o que quiser, sendo suficiente ‘contar’ as calorias que consome e ‘não deixar’ que elas superem sua necessidade de energia ou as metas que o levarão a emagrecer. Sabem todos os técnicos do Ministério, e sabemos todos nós, que determinados alimentos, como os refrigerantes, aumentam o risco de obesidade exatamente porque suas calorias saciam menos do que aquelas dos demais alimentos.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Todo apoio à categoria dos trabalhadores estaduais da saúde de São Paulo que escolheram lutar!


“Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. 
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, 
e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. 
E já não podemos dizer nada”.

Fragmento de um poema de Eduardo Alves da Costa chamado “No caminho com Maiakóvski”



A greve da saúde estadual já passou do décimo dia. Momento tenso e importante de uma categoria que é muita lutadora! Tão lutadora que na greve trabalha muito mais: faz mobilização, fica fora do serviço com a escala mínima, faz assembléias, atos, uma grande manifestação na Avenida Paulista, panfletagens. Mas atende sim pacientes e não faz isso por medo, mas por ter clareza de não querer prejudicar a população.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

NASF: apoio para quem, cara pálida?


Por Paulo Spina


Escrevo para denunciar um questão grave e iniciar aqui desdobramentos para a luta em saúde.

A portaria nº 154 do Ministério da Saúde, publicada em 24 de janeiro de 2008, criou o NASF enquanto política de amplitude nacional. A partir dela foram formadas equipes que congregam diferentes profissionais de saúde, na perspectiva de integrar e ampliar o trabalho na Atenção Básica, desenvolvidos centralmente pela Estratégia de Saúde da Família (ESF).

A ESF deve prestar assistência integral, contínua, com resolubilidade e boa qualidade às necessidades de saúde da população. Entretanto, a política de saúde no Brasil, e em especial em São Paulo, possui características de submissão que geram privatização e focalização. São expressões dessa submissão ao capital, as diretrizes de implementação e metas que sempre ignoram as diferentes classes sociais, e a dependência financeira dos organismos multilaterais. Em São Paulo, observamos que a forma privativista de gerir a saúde tem deixado sequelas de um governo para outro, rombos financeiros e ineficiencia.

Como não poderia deixar de ser, a implantação dos NASF em São Paulo começa dentro de toda essa contradição, iniciando-se em julho de 2008, com 86 equipes propostas e com um plano de meta de ampliação bastante tímido, contratar apenas 39 novos NASF durante toda a gestão Kassab. O que ele ainda não cumpriu!

Seguindo a mesma precariedade da Estratégia Saúde da Família, o processo de contratação dos profissionais NASF também foi desenvolvido através de Parcerias e Organizações Sociais (OS), por meio de contratos de gestão indireta firmados junto à Secretaria Municipal de Saúde.

Manifestação marca Dia Mundial da Saúde em Maceió


O Dia Mundial da Saúde, ocorrido no último sábado (7) está sendo comemorado com um ato público contra a privatização do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HU) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), na manhã desta terça-feira (10), em frente ao prédio da antiga reitoria, na Praça Sinimbu. A manifestação reune professores, estudantes, usuários dos hospital, trabalhadores, entre outros movimentos da sociedade alagoana.

A atividade é uma iniciativa da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde e do Fórum Alagoano em Defesa do SUS e Contra a Privatização - entidades compostas por sindicatos, conselhos, associações e diversos segmentos organizados do estado de Alagoas e do Brasil.

O ato acontece simultaneamente em 19 estados da federação, cujos movimentos defendem o fortalecimento do caráter público e estatal da rede de hospitais universitários, sob a administração direta do Estado, gratuito e para todos.

De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), professor Antonio Passos, a ideia é marcar a passagem do Dia Mundial da Saúde manifestando à sociedade posição contrária à implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) no Hospital Universitário da Ufal e em qualquer outro Hospital-escola do país.

Segundo a professora de Serviço Social da Ufal, Valéria Correia, integrante da Frente Nacional e do Fórum Alagoano contra a privatização, a Lei 12.550/2011 que cria a EBSERH não é uma imposição do Governo Federal. Cada universidade vai decidir se deseja ou não passar o seu patrimônio, o seu quadro funcional e os seus hospitais de ensino à gerência da EBSERH, abdicando de sua autonomia. “Essa decisão cabe ao Conselho Universitário (Consuni). Queremos fazer pressão para levar os reitores e os membros do Consuni a dizerem ‘não’ à implantação da empresa”, expôs a professora.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Saúde transformada em mercadoria e lógica do lucro: morte em hospital no Mato Grosso


Fonte: envolverde.com.br

Companheiras e Companheiros,


Recomendamos em muito a leitura do relato abaixo, que ilustra e exemplifica como ninguém, quais são as consequências de quando a Saúde é transformada em mera mercadoria e de quando o Sistema Único de Saúde é colocado nas mãos de empresas que organizam o atendimento e o trabalho para lucrar o quanto mais puderem.

Altas dadas a pacientes que fizeram cirurgia no dia anterior, triagem de pacientes visando a aceitação apenas dos casos de menor custo de tratamento, seres humanos sendo tratados como mero objeto, etc.: infelizmente, o relato traz que tudo isso levou a morte de mais uma cidadã e trabalhadora brasileira. O caso ocorreu no Hospital Metropolitano de Várzea Grande, estado de Mato Grosso.

Segue abaixo:



O Hospital Metropolitano é público, mas foi entregue pelo governo do estado de MT para ser gerenciado por uma empresa privada (Organização Social de Saúde – OSS). Essa empresa recebe 3 vezes a tabela SUS para atender 60 leitos. O dinheiro que ela recebe é mais do que o estado repassa para todos os quase 600 leitos SUS dos hospitais de Cuiabá (Pronto Socorro, Hospital Julio Muller, Santa Casa e Santa Helena). Mesmo ganhando muito, a empresa que gerencia o Metropolitano escolhe os pacientes como se escolhesse tomates, ou seja, só entram lá os casos mais simples de tratar. E ainda tratam mal! Não dá para aceitar isso!

DEPOIMENTO - SOBREVIVI AO HOSPITAL METROPOLITANO [MAS A MINHA AMIGA NÃO]

Hospital Metropolitano de Várzea Grande

No dia 19/09/11 entrei no HOSPITAL METROPOLITANO de Várzea Grande, e na sala de espera de internação cirúrgica, conheci Vanildes, pessoa com quem de cara tive uma grande afinidade, tanto que no tempo que passamos ali esperando que dessem entrada em nossa papelada de internação, conversamos muito e ficamos amigas.

Poesia do dia - 20/04/2012


Fonte: arteliteraria.spaceblog.com.br

ERRO DE PORTUGUÊS

Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português. 

Autor: Oswald de Andrade (1890-1954) 
 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A Cúpula dos Povos no afrontamento à Rio+20 e contra a mercantilização da vida e da natureza



Fonte: http://dialogos2012.org/


A Cúpula dos Povos no afrontamento à Rio+20 e contra a mercantilização da vida e da natureza

Por Franci Gomes Cardoso*


Paralelamente à Conferência da Organização das Nações Unidas, evento mais conhecido como Rio+20, ocorrerá na cidade do Rio de Janeiro, no período entre 15 e 23 de junho, a Cúpula dos Povos, evento organizado pela sociedade civil global, que reunirá diversas organizações, entidades, movimentos sociais populares, centrais sindicais, etc, das mais variadas regiões do mundo, na perspectiva de debaterem e desmascararem as atuais soluções que estão sendo propostas e discutidas pelas nações e pelo mercado, em relação aos problemas ambientais.

A Cúpula dos Povos acontecerá no Aterro do Flamengo, onde campesinos, quilombolas, sindicatos e outras organizações farão um grande acampamento, ampla mobilização e debates em torno de um modelo alternativo de desenvolvimento. Um modelo que se contraponha à devastação da natureza e às brutais desigualdades sociais entre a oligarquia financeira dominante e a classe trabalhadora, enfim, ao sistema capitalista, cuja existência depende da acumulação ilimitada e, portanto, da destruição do meio ambiente e da produção e reprodução das desigualdades entre explorados e exploradores.

Por unanimidade TRT proibe terceirização de hospitais públicos na Paraíba

De Jornal da Paraíba em 12/04/2012


O Tribunal Regional do Trabalho em sessão ordinária na tarde desta quinta-feira (12) decidiu por unanimidade proibir a terceirização de hospitais públicos na Paraíba, atendendo a uma ação promovida pela Procuradoria Regional do Trabalho.

O procurador regional do Trabalho Eduardo Varandas comemorou a decisão e afirmou que o Governo do Estado agora terá que realizar concurso público para contratação de profissionais da área de saúde para os hospitais públicos em todo o estado da Paraíba. Varandas disse ainda que a Cruz Vermelha só poderá permanecer na adminsitração do Hospital de Trauma até o mês de junho, data em que termina o contrato.

Já o procurador geral do Estado, Dr. Gilberto Carneiro lamentou o fato e disse que o Estado vai recorrer da decisão do TRT, já que no seu entendimento somente o Supremo Tribunal Federal é quem tem competência para a decisão final dessas questões.



terça-feira, 17 de abril de 2012

Servidores e usuários do SUS realizam atos contra a privatização da saúde


Usuários e trabalhadores do SUS vão aproveitar a passagem do Dia Mundial de Saúde, comemorada oficialmente no último sábado (7), para realizar no decorrer desta semana uma série de atividades em defesa de um Sistema Único de Saúde estatal, com assistência universal, gratuita, de qualidade e integral. As atividades, que estão sendo organizadas pela Frente Nacional contra a Privatização da Saúde, da qual o ANDES-SN faz parte, têm o objetivo de denunciar a privatização da saúde pública, especialmente por meio de organizações sociais e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

A presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa, lembra que em muitos locais a luta contra a Ebserh está sendo encaminhada pelos Fóruns contra a privatização da saúde, que reúne trabalhadores e usuários do SUS. Ela defende que as seções sindicais se unam a esses Fóruns e construam um movimento forte contra a Ebserh e por uma saúde realmente pública e de qualidade.

“A adesão das universidades a Ebserh precisa ser aprovada pelos Conselhos Universitários, portanto, não podemos deixar que ela seja aprovada. Para isso, temos o apoio da Frente e dos fóruns contra a privatização da saúde, já que a Ebserh vai contra o princípio do SUS 100% público”, defende.

Manifestações

domingo, 15 de abril de 2012

Imagem do dia - 15/04/2012




Greve de servidores da saúde começa com críticas à privatização em São Paulo



Trabalhadores participaram de assembleia e ato na praça da Sé por melhores salários

Por Suzana Vier, Rede Brasil Atual

Publicado em 13/04/2012, 17:09


São Paulo – No primeiro dia de paralisação dos servidores estaduais da saúde de São Paulo, os trabalhadores protestaram contra a privatização dos serviços públicos e o sucateamento do setor, com a transferência das atividades a Organizações Sociais da Saúde (OSS), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Publico (Oscips) e fundações de direito privado. “No estado de São Paulo, os interesses privatistas representam um roubo aos hospitais e à saúde pública em geral”, criticou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), Benedito Augusto de Oliveira, o Benão. “Privatizar a saúde é uma tragédia, porque se trata de um setor que precisa da presença do Estado. Não dá para utilizar a lógica do lucro.”

Professor é assassinado em Campo Novo (Rondônia)


*Retirado da CEBRASPO



É com grande tristeza e profunda dor que informamos sobre o falecimento do professor Renato Nathan Gonçalves Pereira.

Renato tinha 28 anos, era casado e pai de uma filha de 2 anos de idade. Ele foi professor durante vários anos. Ajudou na organização da campanha de alfabetização de jovens e adultos, na construção de escolas e na produção na região de Buritis. Atualmente residia no município de Jaru e realizava serviços de topografia em sítios e para instalação de redes elétricas.

Por onde quer que tenha passado deixou uma infinidade de amigos, pelo seu jeito simples de tratar as pessoas, por sua enorme dedicação ao trabalho, senso de justiça e solidariedade.

Dia mundial da saúde é celebrado com manifestações contra privatização


*Retirado da EPSJV/Fiocruz


13/04/2012

Por Raquel Júnia

Protestos foram realizados no Rio de Janeiro, São Paulo e Maceió. Em outros estados, Frente Nacional contra a Privatização da Saúde realizará manifestações ainda neste mês


Mais recursos para o SUS, melhoria do atendimento aos usuários, desprecarização dos trabalhadores com realização de concursos públicos e convocação dos concursados, fim da gestão das Organizações Sociais na Saúde (OSs) e das Fundações Estatais de Direito Privado, não adesão dos hospitais universitários à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), todas essas e outras pautas foram bandeiras de luta das manifestações pelo Dia Mundial da Saúde, comemorado no dia 7 de abril. Três protestos foram realizados no dia 10 de abril, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Maceió. Segundo a Frente Nacional contra a Privatização da Saúde, será realizada uma manifestação no dia 17 de abril em Florianópolis, e em Belo Horizonte, o protesto está marcado para o Dia Nacional de Luta Antimanicomial, no dia 18 de maio. "O SUS é nosso, ninguém tira da gente, direito garantido não se compra e não se vende", é a consigna das manifestações.

sábado, 7 de abril de 2012

Dia Mundial de Luta pela Saúde

Por Paulo Spina

Sete de abril, Dia Mundial da Saúde, mas nada a comemorar e sim muitos motivos para lutarmos! E como o dia sete, este ano, caiu junto com o sábado antes da páscoa, que é o dia que tradicionalmente o Judas é malhado, em São Paulo participei da malhação do Judas da Saúde, que chamava atenção para falta de recursos e a privatização desta área tão importante.

            “Criou um partido cheio de ratos, mas suas promessas não correspondem aos fatos”

O eleito como traidor da saúde foi o Kassab, mas deve ter sido difícil escolher, porque são tantos os vilões da saúde! Kassab simboliza como prefeito o descaso com suas diversas promessas não cumpridas. Havia prometidos três hospitais, mas ao fim do mandato isso não corresponde à realidade. Dedicou-se muito mais a criar um partido, um novo PMDB, do que governar a cidade de São Paulo.

Mas o Judas poderia ter sido muitos outros. Temos o Serra, que foi quem deu asas para o Kassab e agora quer ser prefeito novamente. Tanto como prefeito quanto como governador, o Serra somente privatizou os serviços de saúde, desvalorizando os trabalhadores, que vivem a muitos anos com baixos salários. Para ficar no mesmo partido, com certeza poderíamos malhar o picolé de chuchu do Alckmin que com seu jeito calmo e sem sal tem mandado a Policia Militar ir para cima da população pobre e negra; seja em Pinheirinho ou na Cracolândia, em defesa de interesses especulativos e de mega empresários.

Poderia o Judas ser também o governo federal, que fez o corte do orçamento da saúde em beneficio do pagamento de juros da divida para o mercado financeiro. Governo que entrega os Hospitais Universitários para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), tem um ministro da saúde que desrespeita o controle social e investe dinheiro nas comunidades terapêuticas manicomiais.

Lutas contra a EBSERH se fortalecem no Brasil

De Sinditest por Bernardo Pilotto


Após a aprovação do PL 1749/11 que criou a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), cada Conselho Universitário de Universidade que tenha em sua estrutura um ou mais Hospital Universitário e de Ensino (HUE) tem que avaliar se vai aceitar ou não a EBSERH. Em todo o Brasil, os defensores da saúde enquanto um direito de todos e dever do Estado estão organizando lutas pela não-aprovação da EBSERH nos conselhos universitários.

Na discussão na UFMG, a Reitoria informou que a EBSERH, em 2012, deve ser um projeto piloto para até 5 HUE’s. Não é possível saber se esta informação é de fato verdadeira e quais serão os hospitais com este “projeto-piloto”.

Passamos aqui um relato das lutas que estão acontecendo, conforme informe sistematizado e enviado pela Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde.

UFMG:

No dia 14 de março de 2012, aconteceu votação no Conselho Universitário acerca da adesão a EBSERH. Houve ato público chamado pelo movimento estudantil e pelo SINDIFES-BH e, diante da intransigência da Reitoria em aceitar um tempo maior para o debate e pela desconsideração do Conselho acerca dos documentos enviados pelo SINDIFES-BH, cerca de 70 estudantes ocuparam a sala de reuniões do Conselho.

A Reitoria adotou então uma velha prática para fugir do debate: cancelou a reunião na sala ocupada e partiu para outro local, aprovando a adesão a EBSERH de forma melancólica, com voto favorável dos docentes e contrário por parte de técnico-administrativos e estudantes.

UFPB:

Até o momento, devido a uma conjuntura local que envolve eleições para Reitor, não há movimentação por parte da Reitoria e da direção do HULW (Hospital Universitário Lauro Wanderley) acerca da adesão a EBSERH.

Mas o Fórum Paraibano em Defesa do SUS e Contra as Privatizações, juntamente com a ADUFPB, SINTESPB e o movimento estudantil estão de olho, organizando debates para o mês de abril e mobilizando a sociedade. No dia 24 de abril haverá o seminário “Os HU’s na mira da privatização: assistência, ensino e extensão, com o fim dos HU’s, para onde irão?” e no dia 26 de abril um debate com os candidatos à Reitoria da UFPB com este tema.

UFRJ:

Ato Unificado do Dia Mundial da Saúde no Rio de Janeiro

Ato Unificado do Dia Mundial da Saúde em São Paulo

Sindicato da Fiocruz cria site para subsidiar Congresso Interno



Com base nas discussões que vêm sendo feitas nos Grupões (reuniões ampliadas
de diretoria), a Asfoc-SN lançou segunda-feira (02/04) um espaço virtual para maior
interação com a comunidade Fiocruz sobre as questões da Plenária Extraordinária
do VI Congresso Interno. Accesse o link do blog “Subsidiando” em
fiocruzemdebate.wordpress.com , ou no site da Asfoc (www.asfoc.fiocruz.br). Ao 
acessá-lo, o usuário poderá consultar documentos, agenda completa, fotos e vídeos
de debates já realizados, sempre com o intuito de subsidiar as discussões preparatórias
para esse importante evento. 

O espaço permite ainda que os trabalhadores da Fiocruz deixem opiniões ou mesmo
enviem material que contribua com uma maior qualificação para o debate. Ou seja, o
“Subsidiando” é seu, é nosso!


Fiocruz: convite seminário preparatório para o VI Congresso Interno


sexta-feira, 6 de abril de 2012

TCM acha prejuízo de milhões de reais em contratos na Saúde do Rio

Contra Fatos não há argumentos: Organização social contratava serviços com sobrepreço de até 80%.  Entre empresas beneficiadas está a Ruffolo, denunciada pelo Fantástico.

O Tribunal de Contas do Município (TCM) identificou prejuízos de milhões de reais em contratos firmados com empresas terceirizadas, em postos de saúde e clínicas da família da prefeitura. Segundo o TCM, o dinheiro público foi gasto em serviços caros demais, até 80% acima dos preços de mercado, como revelado pelo RJTV.

Os serviços analisados pelo TCM foram contratados pelo Iabas, uma organização social, entidade sem fins lucrativos, que administra 15 unidades básicas de saúde da prefeitura na Zona Oeste do Rio.

Durante a inspeção, os auditores constataram que os pagamentos feitos por essa organização social causaram ''prejuízos milionários aos cofres públicos''.

Segundo o relatório do TCM, o Iabas pagou valores acima do mercado pelo fornecimento de serventes, porteiros, digitadores e serviços de manutenção predial. O desperdício de dinheiro pode ter chegado a quase R$ 3,4 milhões em um ano. Uma das firmas beneficiadas é a Ruffolo.

A empresa é uma das quatro flagradas pelo fantástico, no mês passado, na reportagem que denunciou um esquema de fraudes em licitações públicas.


A indústria farmacêutica e os determinantes sociais da saúde


domingo, 1 de abril de 2012

Infelizmente, mais uma OS vai gerir o serviço público no Brasil

OSs: sanguessugas das verbas públicas


Infelizmente, soubemos de mais uma triste notícia de privatização do serviço público de Saúde no Brasil.

O Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) terá a sua gestão repassada para uma Organização Social (OS), denominada Instituto de Gestão e Saúde (GERIR). A OS foi criada apenas 3 meses antes do processo de seleção da OS para gerir o Hospital... Mas, segundo o secretário de saúde do Estado de Goiás, a GERIR está plenamente constituída e capacitada parao encargo...

Certamente, nada há de suspeito em constituir uma OS apenas 3 meses antes do processo de escolha, não é mesmo?? (ironia)