quarta-feira, 25 de abril de 2012

Manifestação marca Dia Mundial da Saúde em Maceió


O Dia Mundial da Saúde, ocorrido no último sábado (7) está sendo comemorado com um ato público contra a privatização do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HU) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), na manhã desta terça-feira (10), em frente ao prédio da antiga reitoria, na Praça Sinimbu. A manifestação reune professores, estudantes, usuários dos hospital, trabalhadores, entre outros movimentos da sociedade alagoana.

A atividade é uma iniciativa da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde e do Fórum Alagoano em Defesa do SUS e Contra a Privatização - entidades compostas por sindicatos, conselhos, associações e diversos segmentos organizados do estado de Alagoas e do Brasil.

O ato acontece simultaneamente em 19 estados da federação, cujos movimentos defendem o fortalecimento do caráter público e estatal da rede de hospitais universitários, sob a administração direta do Estado, gratuito e para todos.

De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), professor Antonio Passos, a ideia é marcar a passagem do Dia Mundial da Saúde manifestando à sociedade posição contrária à implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) no Hospital Universitário da Ufal e em qualquer outro Hospital-escola do país.

Segundo a professora de Serviço Social da Ufal, Valéria Correia, integrante da Frente Nacional e do Fórum Alagoano contra a privatização, a Lei 12.550/2011 que cria a EBSERH não é uma imposição do Governo Federal. Cada universidade vai decidir se deseja ou não passar o seu patrimônio, o seu quadro funcional e os seus hospitais de ensino à gerência da EBSERH, abdicando de sua autonomia. “Essa decisão cabe ao Conselho Universitário (Consuni). Queremos fazer pressão para levar os reitores e os membros do Consuni a dizerem ‘não’ à implantação da empresa”, expôs a professora.

No manifesto que está sendo distribuído à população, os participantes do movimento esclarecem sobre os prejuízos que a implantação dessa empresa pode causar ao maior sistema hospitalar público brasileiro, composto por 45 unidades hospitalares, ligadas a universidades federais.

Segundo registra o documento, entre outros males, essa proposta abre a perspectiva para a exploração, através de planos de saúde, contratos precários de profissionais, instalação de regime com base na produtividade e o fim do concurso público.

“Não há necessidade alguma de se mudar a gestão dos HU, pois quanto a isso o SUS não enfrenta problemas. O que se faz necessário é estruturar, qualificar e ampliar os serviços oferecidos à população. Essa é uma luta decisiva para que o SUS não seja desmontado e destruído”, defendeu Valéria Correia.

Para acessar mais notícias sobre a manifestação, acesse também:


http://tudonahora.uol.com.br/noticia/maceio/2012/04/10/182229/profissionais-da-saude-e-estudantes-protestam-contra-privatizacao-do-hu

http://tudonahora.uol.com.br/video/fique-alerta/2012/04/10/ato-publico-protesta-contra-a-privatizacao-do-hospital-universitario (com vídeo)

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