domingo, 12 de janeiro de 2014

Primeira Radis de 2014 aborda trabalho infantil

Publicada em 06/01/2014

Já está disponível online a primeira edição da revista Radis em 2014. 

A publicação traz, em destaque, um importante debate sobre a exploração de crianças e adolescentes como força de trabalho, a partir de dados apresentados na 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, realizada em outubro de 2013, em Brasília. O encontro reuniu 1,3 mil participantes de 152 países, entre eles 37 ministros de Estado, que discutiram formas de erradicação para este problema. A edição de número 136 também aborda o trabalho doméstico e alerta para a exploração desta força de trabalho no meio rural. 

Além disso, a publicação apresenta uma entrevista com Arlindo Fábio Gómez de Souza sobre os 60 anos de história da Escola Nacional de Saúde Pública, e fala sobre o 6º Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária (Simbravisa), entre outras reportagens.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho, 168 milhões de crianças e adolescentes estão envolvidos em trabalho infantil. Embora estes índices tenham diminuído em 32%, quando comparados ao ano 2000, ainda há muito o que ser feito neste sentido. Programas de emprego, fiscalização, transferência de renda, mitigação da pobreza extrema e mobilização social foram algumas ações sugeridas contra a entrada de crianças e adolescentes no mercado de trabalho. A reportagem aponta que, no contexto global, o Brasil está em posição favorável devido as políticas de enfrentamento ao trabalho infantil que reduziram a atividade em 57% de 1992 a 2011. Por conta desses resultados, o país foi escolhido para sediar a conferência, que pela primeira vez ocorreu fora do continente europeu.


Outra reportagem que ganhou destaque na primeira edição de 2014 foi sobre o estudo que propõe critérios para a avaliação de sites de saúde, para garantir acesso a conteúdos confiáveis, desenvolvido pela analista de sistemas e especialista em informação e informática em Saúde Ana Paula Bernardo Mendonça, que defendeu em julho de 2013 dissertação sobre o tema no mestrado profissional em Política de Gestão de Ciência Tecnologia e Inovação em Saúde, na ENSP/Fiocruz. Segundo a autora da pesquisa, em geral as informações encontradas na web são de baixa qualidade, insuficientes, desatualizadas e pobres de embasamento científico.

Na entrevista ‘Um cavaleiro na tomada do castelo’, Arlindo Fábio Gómez de Souza, fala sobre os 60 anos da Escola Nacional de Saúde Pública, a chegada dos defensores da Reforma Sanitária à direção da Fiocruz e os 20 anos do Canal Saúde. Para ele, a pluralidade da Fiocruz dá chances de viver e sobreviver a diferentes momentos da instituição. Arlindo Fábio está há 47 anos na Fundação Oswaldo Cruz e já ocupou cargos como diretor da Fiocruz, diretor e vice-diretor da ENSP, diretor do Departamento de Ciências Sociais, presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva e fundador do Canal Saúde.

A Radis 136 pontuou também o esvaziamento da Reforma Sanitária a luz dos debates do 6º Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária (Simbravisa). Na ocasião do evento o professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Jairnilson Paim, afirmou que houve um esvaziamento da ideia de cidadania defendida na constituição. Em vez de cidadãos, há uma opção pelos pobres, miseráveis e consumidores sem direitos. A cobertura conta ainda com uma crítica do economista Marcio Pochman, que é contra a influência de grandes corporações nas definições das políticas públicas.

Acesse a edição 136 da Radis na íntegra clicando aqui

*Retirado do ENSP

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