sexta-feira, 9 de agosto de 2019

FNCPS no ato público organizado na 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª+8)

Uma das atividades principais da 16ª Conferência Nacional de Saúde foi ato público que aconteceu na segunda-feira, 05 de agosto, na Praça da República, tradicional local de concentração das manifestações que acontecem na Esplanada dos Ministérios em Brasília. A atividade contou com a presença maciça dos participantes da Conferência, vindos de diversos pontos país, onde podemos estimar a presença de cerca de 5.000 pessoas. Como destacado nas falas de condução do ato, os recursos que custearam a atividade foram fruto da contribuição de diversas entidades e movimentos sociais que apoiaram e ajudaram a organizar a manifestação, não contando com recursos do Conselho Nacional de Saúde.

Nas avaliações feitas por nossa Frente, consideramos necessário superar problemas que identificamos na condução da atividade, uma vez que saímos desta 16ª Conferência – que ficará popularmente conhecida de 8ª+8, em alusão à 8ª Conferência, que foi embrionária do nascimento do SUS em 1986 – com a perspectiva da construção de um calendário de lutas unificado com outras forças que não compõem a Frente. Nossas avaliações foram apresentadas a estas outras forças em reunião presencial com intuito de avançarmos nos laços de confiança e na perspectiva de uma construção unitária de futuras atividades.

Consideramos que opção por ficar com o ato parado, sem avançar pela esplanada dos ministérios, esvaziou a potência que a manifestação trazia. Aquele era o momento onde se preparava o segundo turno da votação da contra reforma da previdência e poderíamos ter levado nossa indignação e voz contrária a essa medida, demonstrando nossa disposição para a luta. Teria sido também a possibilidade de mostrar ao governo nossa disposição de resistir aos ataques que a classe trabalhadora vem sofrendo, com restrição as liberdades democráticas e todas as propostas de retirada de direitos.

Outra questão importante a ser mudada foi a condução do carro de som. Discordamos da opção feita pela organização que privilegiou parlamentares e outros atores do campo institucional, em detrimento dos muitos segmentos do movimento social presentes. Isso gerou muitas dificuldades para que estes movimentos, dentre eles a Frente Nacional Contra a Privatização, pudessem acessar o carro de som e ter suas perspectivas de luta e palavras de ordem destacadas. Assim como nós, outros forças políticas presentes ao ato, acabaram não falando.

Não desconsideramos a importância que espaços institucionais podem cumprir no auxílio aos movimentos da classe trabalhadora para resistir aos ataques, porém, enfatizamos que na nossa perspectiva a centralidade da luta se dá com a classe trabalhadora e suas organizações na rua. É a força dos movimentos sociais e populares que fará a diferença na resistência aos ataques que temos sofrido e que apresentará a perspectiva de mudanças reais para o grave momento que atravessamos.

Aproveitamos esse momento para conclamar todas as forças políticas presentes a 16ª Conferência Nacional de Saúde para avançarmos na construção de uma forte mobilização popular na defesa do SUS 100% público e estatal, das políticas e das liberdades democráticas.







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