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sábado, 3 de maio de 2014

A Saúde na Grécia: crise humanitária

27/04/2014

Um terço da população grega não tem segurança social. 40% não tem acesso ao sistema público de Saúde e a mortalidade infantil aumentou. 

Por Sonia Mitralias (*), do Esquerda.net 

Durante estes últimos quatro anos, padecemos na Grécia de uma política que tem consequências trágicas para as nossas vidas. O desmantelamento das estruturas da Saúde Pública e a mercantilização da saúde são os resultados - talvez os piores - da aplicação das políticas impostas pelos memorandos (da troika) dos governos destes últimos anos. O objetivo destas políticas de austeridade é transladar, de forma automática e prioritária, o dinheiro público ao pagamento da dívida e não à satisfação das necessidades básicas da população grega.



A Grécia está em plena crise humanitária. A sua população diminuiu e a esperança de vida reduziu-se em dois anos! Há 3 milhões de pessoas sem cobertura de segurança social, o que equivale a um terço da população, e 40% não tem acesso ao sistema público de Saúde. Na sua grande maioria são mulheres e crianças. O desemprego é de 28%, 65% entre os mais jovens e 67% entre as mulheres jovens.

A tudo isto, há que acrescentar um novo dado estrutural: as pessoas pobres e sem segurança social. A redução em 40% da percentagem do PIB dedicada às despesas em Saúde Pública tem-se traduzido no abandono de práticas institucionalizadas como a vacinação obrigatória, os testes para a identificação da tuberculose nas escolas, as fumigações em massa e a prevenção em geral.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Um estudo sobre a Saúde: a austeridade custa vidas humanas na Europa

Abr 16/2013
Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 05/08/2013

Por Dietmar Henning
Tradução para Revista Rubra por Carlos Pratas

Fonte: www.publico.es (Tradução da frase:
"O custo humano das políticas de
cortes: por que a austeridade mata")
Vastos setores da população europeia pagam com a sua saúde, senão com a sua vida, as medidas de austeridade ditadas pela União Europeia (UE). É esta a conclusão de um recente estudo publicado pela revista médica britânica The Lancet. As populações mais desfavorecidas são as da Grécia, de Espanha e de Portugal onde a UE impôs cortes sociais massivos.

Numerosos relatos da Grécia e de Espanha descrevem o desespero e a miséria da população devido a crise econômica: crianças desmaiam de fome nas escolas; os pais, forçados pela pobreza e pelo desespero, são obrigados a entregar os seus filhos aos centros de acolhimento; os reformados vasculham os caixotes de lixo à procura de comida; as pessoas gravemente doentes que perderam o direito, ao fim de um ano de desemprego, à assistência médica, recorrem aos hospitais tarde demais – e estão condenadas a morrer.

Um artigo recente do jornal alemão Süddeutsche Zeitung descreve também a situação catastrófica que existe na Grécia. Dado que os serviços de urgência dos hospitais só estão abertos quatro dias por semana, os doentes são obrigados a fazer, por isso, longos trajetos e a suportar longas filas de espera. “Todo aquele que subitamente sentir uma dor, sofra uma crise cardíaca ou um acidente vascular cerebral, tem que se informar para saber qual o serviço de urgência que está aberto”. Os doentes devem levar os seus próprios medicamentos, tesouras e tampões, que se encontram em falta nos estoques dos hospitais.

domingo, 18 de novembro de 2012

Espanha e Portugal fazem greve conjunta inédita


15/11/2012 | Copyleft

Foto: UGT


Milhões de trabalhadores da Península Ibérica aderem ao movimento que pediu uma mudança na política de ajuste fiscal. Também houve paralisação na Itália, Grécia, Malta e Chipre, enquanto que em outros 20 países europeus os cidadãos realizaram marchas contra as políticas de austeridade. Parlamentos foram alvo de manifestantes, que questionam orçamento com menos gastos sociais. A reportagem é de Naira Hofmeister e Guilherme Kolling, direto de Madri.

Por Naira Hofmeister e Guilherme Kolling

Madri - São muitos os fatos que tornam histórica a greve geral deste 14 de novembro na Espanha. É a primeira vez, desde a restauração da democracia no país na segunda metade dos anos 70, que os sindicatos convocam duas greves gerais no mesmo ano e contra um mesmo governo - o conservador Mariano Rajoy, do Partido Popular, que também foi alvo de uma paralisação no final de março.

E agora, de forma inédita, o protesto ultrapassou as fronteiras e foi acolhido em Portugal. Além da greve geral na Península Ibérica, que levou milhões às ruas, trabalhadores de Itália, Grécia, Malta e Chipre cruzaram os braços. E em outros 20 países, entre eles Alemanha, Bélgica e França, onde o dia foi laboral, manifestantes saíram às ruas para protestar contra as políticas de austeridade defendidas por instituições europeias e aplicadas na grande maioria das nações do continente.