27/04/2014
Um terço da população grega não tem segurança social. 40% não tem acesso ao sistema público de Saúde e a mortalidade infantil aumentou.
Por Sonia Mitralias (*), do Esquerda.net
Durante estes últimos quatro anos, padecemos na Grécia de uma política que tem consequências trágicas para as nossas vidas. O desmantelamento das estruturas da Saúde Pública e a mercantilização da saúde são os resultados - talvez os piores - da aplicação das políticas impostas pelos memorandos (da troika) dos governos destes últimos anos. O objetivo destas políticas de austeridade é transladar, de forma automática e prioritária, o dinheiro público ao pagamento da dívida e não à satisfação das necessidades básicas da população grega.
A Grécia está em plena crise humanitária. A sua população diminuiu e a esperança de vida reduziu-se em dois anos! Há 3 milhões de pessoas sem cobertura de segurança social, o que equivale a um terço da população, e 40% não tem acesso ao sistema público de Saúde. Na sua grande maioria são mulheres e crianças. O desemprego é de 28%, 65% entre os mais jovens e 67% entre as mulheres jovens.
A Grécia está em plena crise humanitária. A sua população diminuiu e a esperança de vida reduziu-se em dois anos! Há 3 milhões de pessoas sem cobertura de segurança social, o que equivale a um terço da população, e 40% não tem acesso ao sistema público de Saúde. Na sua grande maioria são mulheres e crianças. O desemprego é de 28%, 65% entre os mais jovens e 67% entre as mulheres jovens.
A tudo isto, há que acrescentar um novo dado estrutural: as pessoas pobres e sem segurança social. A redução em 40% da percentagem do PIB dedicada às despesas em Saúde Pública tem-se traduzido no abandono de práticas institucionalizadas como a vacinação obrigatória, os testes para a identificação da tuberculose nas escolas, as fumigações em massa e a prevenção em geral.