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domingo, 31 de agosto de 2014

Funcionários da USP protestam contra desvinculação de Hospital Universitário

25/08/2014
Por Fernanda Cruz,
Repórter da Agência Brasil

Funcionários da Universidade de São Paulo (USP), que estão em greve desde 27 de maio, fizeram um protesto em frente ao Hospital Universitário (HU) no campus do Butantã, na capital paulista. Os manifestantes são contrários à transferência do hospital para a Secretaria Estadual de Saúde, proposta do reitor Marco Antonio Zago para sanar os problemas orçamentários da universidade. 

Às 09h30 os grevistas iniciaram uma caminhada em direção à Faculdade de Medicina da USP, localizada na Avenida Doutor Arnaldo, região central de São Paulo 

De acordo com Rosane Meire Vieira, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), a reunião do Conselho Universitário marcada para amanhã (26 de agosto) vai definir o destino do hospital. O conselho é formado por docentes e representantes de vários setores da universidade. 

Segundo ela, a greve no Hospital Universitário começou no dia 10 de junho e teve a adesão de 30% dos funcionários. Embora a desvinculação mantenha esses servidores ligados à USP, Rosane disse que teme transferências. “O risco que a gente tem é de ser transferido e a secretaria [de Saúde] colocar pessoas com custo mais baixo, com salários menores, aqui dentro. E aí a nossa preocupação, nós vamos para onde? Eu sou técnica de enfermagem, para onde vou?”, disse. 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Denúncia do MP contra estudantes da USP é mais uma criminalização do movimento


Data: 07/02/2013
Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 07/02/2013


Estudantes que participaram da ocupação do prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) em novembro de 2011 estão sendo acusados, dentre outras coisas, por formação de quadrilha. O Ministério Público oficializou, nesta terça-feira (05/02), denúncia contra 72 estudantes da USP, que protestavam contra a presença da Polícia Militar dentro do campus da universidade.

Os jovens permaneceram no prédio da reitoria por seis dias, até serem expulsos pela Tropa de Choque da PM. A promotoria quer processar os participantes do protesto por formação de quadrilha, danos ao patrimônio, pichação e descumprimento da ordem judicial. A denúncia ainda será analisada por um dos juízes do Fórum Criminal de São Paulo

“Divergências são da natureza da universidade e não podem ser reprimidas, criminalizadas e muito menos judicializadas”, avalia o Andes-SN.

Em nota, o Fórum Aberto Pela Democratização da USP, do qual participa a Associação dos Docentes da USP (Adusp – Seção Sindical do ANDES-SN), aponta a nova tentativa de criminalização dos movimentos sociais e políticos, com a denúncia do MP.

“A criminalização do movimento político na universidade, além de ser confirmada com as punições aparentemente leves (suspensões de até 15 dias), previstas em regime disciplinar, tem nova faceta na investigação criminal do movimento político no Ministério Público Estadual e escancara a evidente criminalização dos movimentos sociais e políticos, fora e dentro da Universidade”, afirma Fórum.

domingo, 4 de novembro de 2012

Adusp denuncia o domínio autoritário na USP


SEXTA, 19 DE OUTUBRO DE 2012

ESCRITO POR VALÉRIA NADER E GABRIEL BRITO 


Heloísa Borsari, professora doutora do Departamento de Matemática da USP, e Cesar Augusto Minto, professor doutor do Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação da mesma instituição, são os atuais Presidente e Primeiro Vice-Presidente da Adusp (a Associação de Docentes da USP), onde vêm enfrentando uma delicada conjuntura nos últimos meses. Nesta entrevista exclusiva (originalmente publicada na Revista Caros Amigos, edição n. 184), eles analisam as atuais condições das universidades públicas paulistas para o desempenho de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, tecem considerações quanto à nova proposta de mudança no regulamento da pós-graduação da USP e avaliam o estágio atual dos movimentos e manifestações por parte de professores, estudantes e funcionários, com destaque para as situações com as quais a Adusp tem se defrontado em seu relacionamento com o atual reitor, João Grandino Rodas.

Valéria Nader: Como vocês enxergam hoje as universidades públicas estaduais no estado de São Paulo, a USP especialmente, no que se refere ao desempenho de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão?

Heloisa Borsari: Uma das coisas que sempre defendemos numa universidade é que ela deve desenvolver suas atividades fim, ensino, pesquisa e extensão, equilibradamente. Não que o docente precise desenvolver o tempo todo as três, mas elas devem coexistir. O que se nota nos últimos anos, desde o início dos anos 1990, é um crescimento forte na área da pesquisa, estimulado pela reitoria e seus métodos de avaliação, reforçado pelas instituições de fomento, em detrimento das outras atividades de ensino e extensão.

Decorre daí um problema para os docentes, porque aqueles que têm mais vocação ou interesse maior pelo ensino tendem a não subir na carreira – porque, no fim das contas, o que vale é a quantidade de trabalhos e artigos publicados, o que contribui para uma visão da universidade como instituição de pesquisa, relegando as demais atividades, até o próprio ensino. Mesmo quando se instituem premiações para a docência na graduação etc., é sempre algo muito periférico.