domingo, 9 de setembro de 2012

Segundo Justiça, Prefeitura de São Paulo deve financiar corretamente a Saúde, em vez de incentivar a especulação imobiliária


03/09/2012

Justiça determina que Prefeitura providencie recursos destinados a AMA de Parelheiros

Comunicação Social TJSP – AG (texto) 
imprensatj@tjsp.jus.br


A 8ª Vara da Fazenda Pública da Capital (São Paulo) determinou que a Prefeitura providencie, de imediato, equipe médica completa para atender ao serviço de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) de Parelheiros.

Segundo ação coletiva, os contratos de terceirização de serviço público (gestão e convênio), firmados pela Prefeitura para atender pacientes em quadro de menor gravidade, não estão sendo cumpridos, com enorme prejuízo ao atendimento da população carente. Faltam médicos, enfermeiros, agentes administrativos e técnicos de Raios-X da AMA para atender pacientes nas áreas de clínica médica, pediatria, cirurgia geral e ginecologia e diminuir, assim, as filas nos hospitais e ambulatórios de Parelheiros.


Os autores trouxeram denúncias feitas por reportagens jornalísticas relatando que a falta de médicos e a alta rotatividade dos profissionais atravessou a atual administração municipal sem que fosse dada qualquer solução, comprometendo a qualidade dos serviços. Sustentaram, ainda, que, apesar dos serviços serem terceirizados, cabe a ela [a Prefeitura], ré, fiscalizar o cumprimento do contrato e não apenas fazer discursos e inaugurar hospitais que não podem atender a população por falta de médicos.

O juiz Adriano Marcos Laroca entendeu que a efetivação de direito à saúde deve prevalecer sobre os limites de recursos e às normas do orçamento municipal, e concedeu a tutela antecipada para determinar que a Prefeitura promova a complementação dos recursos humanos da AMA de Parelheiros, no prazo máximo de 30 dias.

Fonte:  http://hugo-freitas.blogspot.com.br
De acordo com a decisão, “não é justo, proporcional, muito menos razoável deixar de prestar prioritariamente serviço de saúde de boa qualidade, universal e integral à população carente, quando os atuais Poderes Executivo e Legislativo, por exemplo, deixam de arrecadar imposto, incentivando a construção de estádio particular de futebol, cedem gratuitamente área pública a entidade privada de ex-presidente da República na região da Santa Ifigênia e, ainda, estimam despesas públicas em torno de meio bilhão de reais para, a pretexto de revitalizar a aludida região central, fomentar a especulação imobiliária”.


Processo nº 0030349-07.2012.8.26.0053

**Enviado pelo companheiro Francisco Mogradouro da Cunha


Nenhum comentário:

Postar um comentário