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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Campanha: Toda solidariedade à ocupação da Telerj


CAMPANHA REPREPOLI – Toda solidariedade à ocupação da TELERJ!

Solidariedade aos trabalhadores Sem Teto que ocupam a Prefeitura do Rio de Janeiro em luta por moradia digna!



Como já deve ser de conhecimento de todas e todos, desde o dia 11 de abril, após o bárbaro e violento despejo da ocupação da antiga TELERJ-OI, milhares de trabalhadores e suas famílias estão acampados em frente do prédio da Prefeitura do Rio de Janeiro, exigindo uma resposta dessa instância do governo para sua situação de desabrigados, exigindo seu direito social à moradia.

Essa ocupação insere-se no processo de resistência ao projeto de cidade-mercadoria, ao modelo de cidade para megaeventos e megaempreendimentos, que tem significado a intensificação da degradação das condições de vida e de violência (de todas as formas) para a classe trabalhadora.

Compreendemos que a luta desses trabalhadores é pela vida, por isso entendemos que essa luta também é nossa! Convocamos tod@s os trabalhadores a participar dessa luta. Nesse sentido, estamos organizando uma campanha de doação solidária a estes trabalhadores.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ocupação independente é faceta oculta da crescente luta pela moradia em São Paulo


SEXTA, 25 DE JANEIRO DE 2013

Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 31/01/2013


Por Gabriel de Brito, da Redação

O ano de 2013 ainda amanhece, mas na cidade de São Paulo as lutas sociais dos setores marginalizados já fervilham, inaugurando novo embate com a institucionalidade e seus maliciosos trâmites de concessão de direitos a não apenas uma parcela de nossa população.

Fonte: anovademocracia.com.br
E num país no qual jamais se realizaram as reformas agrária e urbana, nada mais previsível que depararmos com a questão da terra ocupando um ponto central de nossas chagas. Enquanto assentados e sem terra lutam pela sobrevivência no campo livres da submissão ao agronegócio e seu modelo baseado em uso intensivo de agrotóxicos e monocultivos, é cada vez maior o número de habitantes sem casa própria protagonizando ocupações de imóveis abandonados, especialmente no centro da capital.

Em São Paulo, as ocupações já se tornaram assunto recorrente até na mídia conservadora, afeita a cultuar o direito à propriedade, ao passo que ignora a moradia como direito universal e a própria função social - definida constitucionalmente - da terra. Obviamente, a mudança na prefeitura da cidade, agora ocupada pelo petista Fernando Haddad em substituição a Gilberto Kassab, é o grande componente para o aumento da mobilização e dos ímpetos na luta pela moradia digna.

“Chegamos aqui no dia 12 de dezembro passado, com a cara e a coragem, em cerca de 33 ou 35 famílias”, contou ao Correio a pesquisadora de mercado Dayane Cristine, que concedeu entrevista ao lado do companheiro e funcionário de terminal de ônibus Cícero Gomes, todos agora instalados no número 458 da Rua Barão de Campinas, região central da cidade.

“Espero que a nova prefeitura olhe por nós, de verdade. Quero que venham aqui no prédio, queremos vê-los, conversar, solucionar nosso problema. O que eu e meu companheiro ganhamos permite, sim, um financiamento, mas temos que ser atendidos, olhados seriamente”, afirma Dayane, a liderança designada como porta-voz da ocupação, que concedeu a entrevista logo após voltar de reunião na Secretaria dos Direitos Humanos da Prefeitura – os moradores também estão contando com auxílio advocatício da ONG Educafro.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Em Belo Horizonte, ocupação Dandara desafia especulação imobiliária há três anos


Reconhecida internacionalmente por denunciar a especulação imobiliária na capital mineira, comunidade tem como uma de suas principais estratégias de resistência a busca constante por uma rede de apoiadores externos. Em 2009, a construtora Modelo, proprietária do terreno, acumulava uma dívida de mais de R$ 2 milhões em IPTU não recolhidos.

Por Lívia Bacelete

Belo Horizonte - “A Dandara não joga para perder. Vamos conquistando as coisas, que para muita gente é dificuldade, mas para nós é um jeito de lutar, conquistar e nunca desistir”. O depoimento de Geílsa Rocha Lima revela o espírito do povo dandarense, forma como se autodenominam os moradores da ocupação Dandara. Geílsa vive na área desde o início da ocupação, em 2009, e garante que sem dificuldade não há luta.

Localizada entre os bairros Céu Azul e Nova Pampulha, em Belo Horizonte (MG), a Dandara está situada em uma área de 40 hectares, onde vivem cerca de mil famílias. Inspirado na companheira de Zumbi dos Palmares, o nome não foi por acaso. No início, 70% das pessoas que faziam parte da ocupação eram mulheres que empreendiam uma luta contra a escravidão do aluguel e buscavam um futuro digno para seus filhos.

Propriedade da construtora Modelo, o terreno estava ocioso desde a década de 1970 e acumulava uma dívida de mais de R$ 2 milhões em IPTU não recolhidos. “A sociedade pode falar que somos invasores, mas a gente só ocupou um lugar que estava há 40 anos vazio”, explica Geílsa, que antes de ir para a Dandara era uma pequena empresária do setor de calçados. Ela e o marido entraram em falência e viram na ocupação uma oportunidade de recomeçar a vida da família.


Uma das maiores ocupações do Brasil, a Dandara surgiu em 9 de abril de 2009, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e pelas Brigadas Populares, movimento social voltado ao trabalho nas comunidades periféricas de Belo Horizonte. Joviano Mayer, advogado popular da ocupação e militante das Brigadas Populares, lembra que a proposta inicial da ocupação era experimentar em Minas Gerais aquilo que em São Paulo foram as Comunas da Terra.

Muita casa sem gente e muita gente sem casa

Originalmente, eram cerca de 100 famílias. No entanto, em seguida ocorreu uma forte massificação com a chegada de diversas pessoas vindas das periferias da própria região e até de fora de Belo Horizonte. Isso comprometeu o projeto inicial de uma área rurbana, algo viável com um número reduzido de famílias.