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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Não perca a revista Radis deste mês!

Publicada em 04/06/2013

Edição de junho da revista 'Radis' está no ar

A revista Radis do mês de junho, número 129, já está disponível on-line. 


Em sua matéria de capa, a Radis traz um debate sobre os espaços urbanos e as consequências do atual modelo de desenvolvimento do país. A reportagem, que teve a participação dos pesquisadores da ENSP Paulo Sabroza e Marcelo Firpo, aponta que o desenvolvimento pode ser um processo integrador quando as populações são incorporadas nos projetos. Porém, aponta a matéria, pode não ser isso o que ocorre. O texto aponta que a maior parte dos projetos imobiliários, industriais e viários nas cidades brasileiras tem foco em interesses externos às comunidades: eles alteram o processo de ocupação e uso do solo expulsando as populações mais vulneráveis. A publicação apresenta ainda uma matéria sobre o movimento contra o projeto Novo Recife, que prevê a construção de um complexo habitacional, empresarial e hoteleiro. Esse movimento usa a Internet como meio de mobilização social para promover o diálogo na busca de soluções.

A reportagem A população em segundo plano fala sobre casos emblemáticos em Recife, Salvador e Rio de Janeiro, problematizando as consequências do atual modelo de desenvolvimento no espaço urbano. Nesses locais, foram encontrados pessoas e comunidades impactadas pela especulação imobiliária, a industrialização desordenada e a realização de grandes eventos, entre outras iniciativas levadas à frente à custa da saúde e, muitas vezes, da vida de quem estiver no caminho. Segundo Marcelo Firpo, problemas ambientais são maiores em regiões com maior desigualdade social. Além disso, “eles se expressam de forma mais aguda quando há défice de democracia dessa sociedade e do nível de organização das populações mais vulneráveis. As vozes dessas populações são tidas como de pouco conhecimento técnico para dizer que os problemas ambientais ou de saúde são relevantes”.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ocupação independente é faceta oculta da crescente luta pela moradia em São Paulo


SEXTA, 25 DE JANEIRO DE 2013

Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 31/01/2013


Por Gabriel de Brito, da Redação

O ano de 2013 ainda amanhece, mas na cidade de São Paulo as lutas sociais dos setores marginalizados já fervilham, inaugurando novo embate com a institucionalidade e seus maliciosos trâmites de concessão de direitos a não apenas uma parcela de nossa população.

Fonte: anovademocracia.com.br
E num país no qual jamais se realizaram as reformas agrária e urbana, nada mais previsível que depararmos com a questão da terra ocupando um ponto central de nossas chagas. Enquanto assentados e sem terra lutam pela sobrevivência no campo livres da submissão ao agronegócio e seu modelo baseado em uso intensivo de agrotóxicos e monocultivos, é cada vez maior o número de habitantes sem casa própria protagonizando ocupações de imóveis abandonados, especialmente no centro da capital.

Em São Paulo, as ocupações já se tornaram assunto recorrente até na mídia conservadora, afeita a cultuar o direito à propriedade, ao passo que ignora a moradia como direito universal e a própria função social - definida constitucionalmente - da terra. Obviamente, a mudança na prefeitura da cidade, agora ocupada pelo petista Fernando Haddad em substituição a Gilberto Kassab, é o grande componente para o aumento da mobilização e dos ímpetos na luta pela moradia digna.

“Chegamos aqui no dia 12 de dezembro passado, com a cara e a coragem, em cerca de 33 ou 35 famílias”, contou ao Correio a pesquisadora de mercado Dayane Cristine, que concedeu entrevista ao lado do companheiro e funcionário de terminal de ônibus Cícero Gomes, todos agora instalados no número 458 da Rua Barão de Campinas, região central da cidade.

“Espero que a nova prefeitura olhe por nós, de verdade. Quero que venham aqui no prédio, queremos vê-los, conversar, solucionar nosso problema. O que eu e meu companheiro ganhamos permite, sim, um financiamento, mas temos que ser atendidos, olhados seriamente”, afirma Dayane, a liderança designada como porta-voz da ocupação, que concedeu a entrevista logo após voltar de reunião na Secretaria dos Direitos Humanos da Prefeitura – os moradores também estão contando com auxílio advocatício da ONG Educafro.