segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Falcatruas envolvendo OSs a perder de vista... Veja mais essa...

02 de agosto de 2013
Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 05/08/2013


Falcatruas envolvendo Organizações Sociais (OSs) a perder de vista... Nesta, o dinheiro é repassado pelo poder público, mas não é gasto no que deveria... No caso, na contratação de corpo médico! A propósito: essa grana não gasta está ficando aonde?!

Diante desse tipo de situação, também cai por terra os mitos do "terceirizando se contrata mais fácil" e " maior remuneração segura o médico". 

Na hora que gestores chegam com o "conto do vigário" para justificar um projeto de terceirização da gestão ou privatização do serviço público, incrível como tem gente que "esquece rapidinho" de provas concretas como estas da falseta que é defender tais tipos de coisa como "solução" para a Saúde Pública. Tape o sol com a peneira quem quiser, mas os fatos que desmentem a privatização como solução acumulam dia a dia, a quem chama de demagogos aqueles que defendem a manutenção da gestão direta no serviço público.

Segue a matéria.

Município de São Paulo paga por 1,2 mil médicos que não existem

Profissionais deveriam atuar em postos geridos por Organizações Sociais (OSs)

Por Adriana Ferraz - O Estado de S.Paulo

Na AMA Tito Lopes, administrada pela SPDM na 
zona leste, há 41 plantões vagos; déficit 
provoca filas (Foto: Sérgio Castro/AE)
A rede municipal de Saúde paga pelo menos 1.286 médicos que não existem. Os profissionais deveriam atuar nas unidades de atendimento administradas por Organizações Sociais (OSs), instituições que recebem repasses da Prefeitura para manter os postos em funcionamento. Por mês, são pagos R$ 116 milhões à rede terceirizada que, assim como ocorre no serviço público, alega dificuldades na contratação, especialmente quando a vaga está na periferia.

A zona leste da capital é a mais prejudicada. Na região há 571 plantões médicos abertos para as mais diversas especialidades, como pediatria, ginecologia e dermatologia. A demanda por clínicos gerais também é enorme nos bairros mais afastados, como Cidade Tiradentes, Guaianases e São Mateus. A zona norte é a segunda na lista de espera por profissionais, seguida pelas zonas sul, sudeste e centro-oeste.

Somente a Organização Social Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) precisa contratar quase 700 médicos – 41 deles para compor o número de funcionários da Assistência Médica Ambulatorial (AMA) Tito Lopes. Da lista de nove entidades que prestam serviço para a Prefeitura, esta OS é a que registra o maior déficit. E também é a que recebe o maior repasse mensal: R$ 26 milhões.

Mas, apesar de o quadro de funcionários estar incompleto na maioria das unidades, os depósitos feitos mensalmente pela Secretaria Municipal da Saúde continuam cheios. Isso quer dizer que a ausência dos médicos não leva a descontos automáticos às Organizações contratadas, apenas prejuízo aos cofres públicos.


De acordo com cálculos da pasta, cerca de metade das vagas para médicos abertas pelas OSs não está preenchida – índice semelhante ao registrado pelo conjunto de postos administrado pela própria Secretaria.

Salário

Os números contrariam o principal argumento da Prefeitura ao manter parceiros na área da Saúde – a agilidade na contratação de profissionais pelas instituições, que estão livres da obrigação de promover concursos públicos.

As dificuldades enfrentadas pelo setor ainda vão contra a tese de que salários altos seguram os médicos. Pagar até R$ 1,1 mil por um plantão de 12 horas – o dobro do pago pela Prefeitura – não tem surtido efeito em São Paulo.

O resultado está nas salas de espera das unidades comandadas pelas OSs. Há filas para atendimento de emergência, de especialidade ou mesmo hospitalar. O mesmo quadro encontrado por pacientes que buscam postos de saúde administrados de forma direta. “É tudo igual. Se não fosse pela placa na porta, a gente nem iria notar essa diferença aí (de gestão). Falta médico de todo jeito”, diz a dona de casa Daniele de Souza, de 28 anos, usuária da AMA Perus, na zona norte da capital.

*Retirado do Estadão
**Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 05/08/2013

7 comentários:

  1. o ingresso ao serviço público em sua legalidade é através de concurso,a entrada de empresas privadas administrando o serviço público,como está acontecendo no hospital joão murilo, vitória(PE)é nada mais que uma forma de desviar verbas e dar margem para OPERAÇÃO CAÇA VOTO.

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    1. Caro(a),
      Obrigado pelo comentário.
      O Hospital João Murilo de Oliveira, localizado no município de Vitória do Santo Antão, Pernambuco, faz parte da rede da Secretaria estadual de Saúde de Pernambuco, mas é administrado por uma Organização Social.
      Temos algumas notícias de que os servidores estão passando por falta de pagamentos a que tem direito e realizado manifestações e paralisações.
      Se você conhece alguma matéria bacana sobre a situação, por favor, indique para nós no email
      frente.nacional.saude@gmail.com
      Abraço!

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  2. Em relação as (OS)as ditas organizaçoes sociais a disparidade que acontese no atendimento para o SUS e uma vergonha, os pacientes que são obrigados a procura estas organizaçoes para ser atendidos nos seus minimos direito constitucionais são simplismente humilhados com a maneira que as mesmos usam para presta o serviço de saude para que foram contratados existem por eles uma chamada clasificação de risco onde os pacientes são marcados feito gados com uma fita de cores variadas, dizendo aos mesmos o seu grau de risco de vida, desta maneira tem pacientes que chegão a passar horas para serem atendidos onde muitos desistem e saem metendo o paú no serviço de saúde prestados pelas mesmas. Outra coisa estão retirando leitos das clinicas medicas,não tem mas ambulatorio em varias especialidades dando a desculpa de que sonsulta pelo (SUS) não compensa pois o mesmo paga muito pouco a preferencia e com obestreticia e UTI neu natal. E muita coisa errada e o povão que mora nais portas dos hospitais que foram construidos com o dinheiro do cidadão e agora esta sendo entregue nas maos de empresarios da arrea da saude como aqui em pernambuco onde a maioria dos hospitais e upas esta sendo gerido por um grupo do qual o SECRETARIO DE SAÚDE E UM DOS DONOS DO INIPE, o Sr Antonio figurira, temos que dizer não a privatização do (SUS)

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    1. Olá caro Luiz Mendes,

      Agradecemos em muito o esforço em deixar comentário na postagem.

      Concordamos com tudo, menos em sermos contrários a avaliação de risco nas unidades de saúde.

      A avaliação de risco na unidade de saúde é feita a partir de um protocolo que é chamado de Protocolo de Manchester. Você pode procurar no Google por "Protocolo de Manchester" e ler mais sobre o assunto. É um protocolo importante que diferencia os graus de risco entre os enfermos, visando priorizar os mais graves, numa escala de 5 intensidades de risco.

      O que queremos dizer que não é o Protocolo o grande problema, e sim de a população com agravos de saúde de médio e baixo risco precisarem contar com serviços de emergência para terem acesso ao atendimento do SUS. Essa sim é a grande sacanagem, que ocorre quase no país inteiro!

      Como o posto de saúde da atenção básica não abre no período noturno, ou tem falta de médicos, ou não há uma número de postos suficientes, etc., as pessoas com problemas de médio e baixo riscos não tem outra alternativa a não ser ir para os serviços de emergências, principalmente as UPAs (que no país podem receber outros nomes, como AMAs em São Paulo e CMUMs em Curitiba, mas é tudo a mesma coisa), e daí lá passarão por uma série de constrangimentos, pois vão insinuar que ele não deveria estar ali, porque não é emergência, e devido o protocolo, levarão horas para serem atendidos. Mas não é culpa do usuário: Ele só está ali porque o restante da rede do SUS não está disponível para ele!

      E se o trabalhador da saúde que aplicar o Protocolo oferecer maus tratos e constrangimentos, também não é culpa do próprio Protocolo. E infelizmente ocorre muito.

      Espero que tenhamos conseguido fazer você notar a diferença, o problema real disso que você nos relata. Não é a classificação de risco que é o problema, e sim a falta de acesso adequado ao médio e baixos riscos, que deveriam se dar nas unidades básicas de saúde.

      E repetindo, de resto concordamos com tudo e agradecemos em muito sua colaboração com o blog!

      Um forte abraço,
      Frente Nacional contra a Privatização da Saúde

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  3. A SPDM está tomando conta do Brasil! Incosntitucionalidade é pouco: desrespeito à CLT, assédio moral, maquiagem de contas e de metas de contrato, contratos frouxos, conivência do governo e fiscalização ineficiente...

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  4. Pessoal, este programa chamado (PSF) que esta em todo pais foi a melhor maneiro que surgiu para os gestores da saúde fazerem seu caixa dois para financiar suas campanhas nas eleições seguintes. Vejam porque, pelo que min consta sô quem recebe o salario que e mando pelo governo são os funcionarios de niveu superior pelo que sei pois os tec e auxiliares de enfermagem são contratados pela prefeitura ou indicados para tal ganhando o minimo pergunto para onde vai a diferencia do mesmo, para o bolço dos responsaveis, outra pergunta porque na maioria dois municipio não existe os (CONSELHOS MUNICIPAIS DE SAÚDE deveriam ser investigados certo.

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