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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Confira a edição da Radis - fev./2018

02/02/2018

Austeridade mata: ‘Radis’ de fevereiro alerta sobre cortes orçamentários que afetam os mais pobres

A edição da revista Radis n° 185, de Fevereiro de 2018, na matéria de capa, chama a atenção para o aprofundamento do programa do Governo Federal focado no ajuste fiscal. Na avaliação de especialistas entrevistados pelo editor Adriano De Lavor, além dos cortes já aprovados em programas como o Farmácia Popular, e as já previstas consequências das reformas trabalhista e previdenciária e da aprovação, em 2016, da Emenda Constitucional que congela gastos públicos por até 20 anos, mais recentemente o “ajuste justo” recomendado pelo Banco Mundial (Bird), em relatório produzido a pedido do Governo Federal, também repercutirá nas condições de saúde do brasileiro e na própria sobrevivência do Sistema Único de Saúde. Mas qual será o impacto da aplicação de políticas de austeridade na saúde das pessoas? "Políticas de austeridade acentuam os efeitos perversos das crises econômicas sobre a Saúde, pois reduzem os orçamentos públicos em períodos de demandas ampliadas devido às repercussões do desemprego e redução de renda sobre o estado de saúde da população”, alerta a pesquisadora Lígia Giovanella, do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde da ENSP.

“As medidas de austeridade propõem cortes, são propostas sempre na linha de restringir os gastos públicos, e a Saúde é uma área que acaba enfrentando este processo”, já havia alertado Fabiola Sulpino Vieira, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em entrevista concedida ao Observatório de Análise Política em Saúde (Oaps), em 2016. Ela é autora da nota técnica “Crise econômica, austeridade fiscal e saúde: que lições podem ser aprendidas?”, publicada em agosto daquele ano. Fabiola explicou que, na hora que os cortes no orçamento da Saúde chegam, diminui a capacidade de resposta do sistema justamente no momento em que este precisa ter mais recursos para fazer frente às demandas que estão aumentando. “Se as pessoas não têm dinheiro, se elas perderam a fonte de renda delas, diminui a capacidade de pagamento direto do bolso — quando se compra o medicamento ou paga por algum serviço de Saúde — e aumenta a demanda no serviço público”, previu.

A matéria da Radis indaga: quem são os mais vulneráveis a estas mudanças? Há evidências suficientes que comprovam que o maior impacto é sobre os mais pobres, visto que a austeridade aumenta as desigualdades socioeconômicas, advertiu Gulnar Azevedo e Silva, professora do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/Uerj), durante o painel que discutiu o assunto na sede do instituto, em dezembro de 2017. “A partir de estudos epidemiológicos que avaliaram situações de saúde em momentos históricos de crise econômica, no Brasil e no mundo, a pesquisadora demonstrou a relação direta entre os reflexos da crise, como desemprego, falta de moradia e insegurança alimentar, com efeitos na vida das pessoas, como diminuição na expectativa de vida, aumento na incidência de doenças infecciosas, nos transtornos mentais e até nos casos de suicídio”

Segundo a Radis, as pessoas que já apresentam deficiências ou problemas na saúde delas, e aquelas que já vivem em condições precárias, seja de moradia inadequada e/ou de emprego precário (ou de desemprego), são as maiores vítimas, sinalizou Gulnar. Ela chamou atenção para a crescente preocupação com o aumento dos casos de suicídio na Europa e no Estados Unidos, após a crise econômica de 2007, fenômeno que foi classificado em alguns trabalhos acadêmicos como “suicídio econômico”. 

A matéria também traz a opinião do professor do Departamento de Epidemiologia do IMS, Antônio Ponce de Leon, que fez um apanhado de pesquisas sobre a relação entre austeridade econômica e saúde, e citou um estudo realizado no Reino Unido entre 2007 e 2013, cujos resultados indicaram que, para cada redução de um ponto percentual nos gastos com pensionistas de baixa renda, havia um aumento de 0,68% na mortalidade de idosos. “A partir das conclusões encontradas em outros artigos, o professor demonstrou ainda o aumento da insegurança econômica de trabalhadores, em diversos países da Europa; a relação entre cortes nos gastos de Saúde e aumentos de casos de HIV, na Grécia; e o aumento do número de pessoas que deixaram de procurar assistência à saúde, em Portugal, por conta da falta de recursos, do excesso de trabalho e do fim da gratuidade de serviços.” 

Para ler a íntegra da matéria da Radis nº 185 aqui resumida, e outras reportagens da edição de fevereiro de 2018, CLIQUE AQUI

*A partir de informações do ENSP/Fiocruz

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Revista 'Radis' de julho traz o debate da cultura do estupro


A edição da revista Radis de julho traz, na reportagem de capa, um tema urgente: a necessidade de ser debatido e combatido a cultura do estupro em nossa sociedade. O assunto veio à tona com a notícia do estupro coletivo de uma jovem no Rio de Janeiro em maio. Além da reportagem, que aborda a forma como o sistema de Saúde recebe e cuida das vítimas de estupro, a revista traz uma entrevista com a antropóloga Lia Zanotta Machado, da Universidade de Brasília (UNB), mostrando que a desigualdade entre os gêneros e a ideia secular de que o homem é dono da mulher estão na origem de uma cultura que banaliza o estupro.

No editorial da atual edição de Radis, o editor Rogério Lannes lembra o fato de que as recentes notícias sobre violência contra a mulher geraram não só consternação, mas também um movimento de resistência feminina:

"Impulsionada pela barbárie dos estupros coletivos denunciados e noticiados no mês de maio, uma vigorosa reação das mulheres, notadamente jovens feministas, coloca o dedo na chaga do machismo e das leis — as atuais, que desprotegem as mulheres, e aquelas em tramitação, ainda mais retrógradas. É grave a percepção de que há, na sociedade, uma cultura do estupro, que, implicitamente, acoberta a violência contra mulheres e culpabiliza as vítimas", diz o texto.

Intitulado “Tempos de Resistência”, o editorial também fala de outros movimentos, como aqueles de estudantes de escolas ocupadas, indígenas e trabalhadores que têm procurado resistir aos muitos e acelerados retrocessos sociais que vêm sendo implementados pelo governo interino de Michel Temer. Segundo o editorial, são essas as reações que aquecem os ânimos de quem defende a saúde e a vida em meio a um “inverno de más notícias”.

A atual edição da revista Radis traz também uma reportagem sobre uma experiência inovadora e bem-sucedida de combate ao mosquito Aedes Aegypti. Em Pedra branca, no interior do Ceará, equipes da prefeitura, junto com a população local, conseguiram eliminar o vírus com a ajuda de um peixe que come suas larvas. A cidade não registrou um único caso de dengue nos últimos dez anos; e Zika e Chikungunya sequer apareceram por lá. Essa e outras reportagens da revista Radis podem ser acessadas CLICANDO AQUI.

*Retirado do ENSP

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Confira a edição da Radis #161 - Fev. 2016


Radis amplia o foco do debate sobre o Aedes aegypti

A  edição n. 161 de fevereiro de 2016 da Revista Radis, disponível on-line (clique aqui para acessar), destaca a tríplice epidemia viral de dengue, chikungunya e zica, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. “A possibilidade de alguns casos de zika evoluírem para complicações neurológicas como a síndrome de Guillan-Barré, e, desde novembro passado, a constatação de que a infecção pelo vírus durante a gravidez tem relação direta com uma outra epidemia, a de casos de microcefalia, entre outros comprometimentos da zika congênita, tornou a atual crise sanitária uma prioridade para além do campo da Saúde, acordando as autoridades e preocupando toda a população”, alerta o editorial da publicação. 

A matéria de capa critica a ideia do mosquito como o “inimigo número um”, porque é mais eficaz modificar as condições que propiciam a proliferação do mosquito do que focar diretamente nele, afirmam pesquisadores e sanitaristas entrevistados. “O que permite a infestação dos mosquitos nas cidades brasileiras é a ausência de saneamento e de oferta contínua de água, acúmulo de lixo, falta de drenagem e de limpeza pública, falta de cuidados dentro e fora das casas para eliminar qualquer acúmulo de água parada.”

O editorial ainda acrescenta que o modelo “mata-mosquito”, utilizado com sucesso por Oswaldo Cruz no início do século 20, não dá conta da complexidade da realidade atual. É preciso deixar de usar veneno, fazer a limpeza e o saneamento ambiental de forma participativa, integrada e intersetorial, recomendam os especialistas.

Na matéria Aedes: ampliando o focoLia Giraldopesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Fiocruz Pernambuco,  disse que “enquanto o modelo de controle dessa doença complexa for centrada no vetor, como já é realizado há mais de 40 anos sem sucesso, não teremos possibilidade de solução”. Lia explica que, hoje, o Brasil é endêmico para dengue, com um vetor altamente competente para a transmissão nas áreas com alta densidade habitacional e baixas condições sanitárias, onde está o maior estresse hídrico e de pobreza.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, em meados de janeiro, já eram 3.893 casos suspeitos da doença, notificados em 724 cidades de 21 unidades da federação. Para Rivaldo Venâncio, diretor da Fiocruz Mato Grosso do Sul, a epidemia de zika — cuja microcefalia é a consequência mais nefasta, mas não a única, tampouco a mais frequente — já pode ser considerada o mais grave problema de saúde coletiva, depois da violência, e a maior ameaça para as próximas décadas se não houver um aporte tecnológico de curto prazo.

Segundo a hipótese mais aceita, o Aedes aegypti chegou ao Brasil ainda no século 17, a bordo de navios que faziam o tráfico de escravos vindos da África. Os primeiros casos de febre amarela foram constatados nas cidades de Recife e Salvador, mas a primeira grande epidemia da doença só seria registrada dois séculos mais tarde, entre 1849 e 1850, atingindo quase todo o país. Naquela época, as teorias sequer associavam a febre amarela ao mosquito. Houve quem acreditasse que a culpa era do clima, do solo e do ar dos trópicos que favoreceriam o surgimento da doença.

Na opinião de Rivaldo, “nós perdemos essa luta de 7X1, como foi o jogo da seleção brasileira contra a Alemanha na Copa do Mundo do Brasil”. Ele acredita que o estilo usado para combater o Aedes é basicamente o mesmo que Oswaldo Cruz usou no início do século passado. “Isso foi bom naquele momento, mas hoje é insuficiente para o Brasil complexo que nós temos”. Rivaldo considera que estamos colhendo os frutos de um modelo de desenvolvimento excludente que vem sendo implantado no país há séculos. “Precisamos entender, de uma vez por todas, que, para combater o Aedes, é necessário repensar a forma como cuidamos do ambiente. Sem saneamento adequado, com o correto destino dos resíduos sólidos urbanos, sem abastecimento de água para consumo doméstico de forma regular e sem a redução da violência em muitas comunidades urbanas, não há como reduzir os índices de infestação desses mosquitos”, sugere. “Temos que refletir sobre a qualidade das cidades em que vivemos”, declarou à Radis.

Outra reportagem, Game Over para as doenças, trata dos jogos eletrônicos que podem auxiliar o processo de conscientização e prevenção na área da Saúde. Para a revista, aproximar as informações produzidas sobre prevenção e promoção da saúde do universo dos games pode estimular o debate público e a familiarização com temas relacionados à saúde, assim como auxiliar na conscientização de crianças, jovens e adultos para a adoção de hábitos mais saudáveis, assim como o enfrentamento de muitas doenças.

No Brasil, também há iniciativas interessantes, como o game Contra a Dengue: o jogo, criado pelo estudante de informática Renan Felipe Sousa, que busca conscientizar crianças sobre a formação dos focos da doença e orientar sobre o que fazer para impedir sua criação. Aluno do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), campus de Altamira, no Pará, Renan criou um avatar que carrega um pulverizador para acabar com os mosquitos e recolher as garrafas, pneus e vasos com água acumulada. Após cada fase concluída, uma mensagem sobre o que fazer com o material recolhido aparece na tela. O sucesso da iniciativa fez com que a Secretaria de Saúde de Altamira estudasse a possibilidade de usar o software nas escolas de Ensino Fundamental.

Leia a íntegra dessas e outras matérias CLICANDO AQUI.

*A partir de informações do ENSP

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Confira a edição de abril da Radis


Ainda que alardeada e, em certo grau, até mesmo inventada pelos que tiram partido dela, a crise política se faz presente em diversos setores da vida pública e privada brasileira. É diante dela que revista Radis de abril de 2015, que já está disponível (clique aqui), cumpre um dos papeis mais nobres do jornalismo: medir o pulso da sociedade e enriquecer a reflexão sobre o que estamos vivendo. A reportagem de capa chama atenção para um dos temas mais caros aos que se interessam por transformações sociais efetivas: a Educação. 

Com o título Sem investimento não há educação, o texto fala sobre a aprovação, no ano passado, do Plano Nacional de Educação. Visto como uma vitória pelas organizações que atuam na área educacional do país, o desafio agora é colocá-lo em prática, cumprindo as vinte metas estabelecidas para os próximos dez anos. “Quem está realmente comprometido em tirar o Plano Nacional de Educação do papel?”, pergunta a Radis no editorial. Entre os problemas discutidos na reportagem, está a necessidade de se aumentar os recursos financeiros da Educação e também a importância de se articular as três instâncias - municipal, estadual e federal - para o cumprimento do que foi estabelecido no plano.

Na seção de entrevista, o antropólogo Richard Parker, diretor-presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids, condenou o viés sensacionalista adotado pela mídia tradicional nas reportagens, no início deste ano, sobre o chamado "Clube do Carimbo", grupo de pessoas que deliberadamente contaminam outras com o vírus HIV. Parker engrossa o coro das entidades que trabalham com a doença, que condenaram as reportagens, por acreditarem que elas aumentam o estigma que envolve a Aids.

O congresso brasileiro, que vive hoje uma onda de conservadorismo, aparece como personagem em três artigos da seção Súmula. Um deles fala do calote dos planos de saúde ao SUS e lembra que o atual presidente da câmara dos deputados é o centro do lobby do setor privatista da Saúde. Outro artigo problematiza o fato de que deputados ruralistas assumiram o controle da comissão que analisa uma emenda constitucional que altera as regras de demarcação de terras indígenas. Na implacável definição popular, é o famoso "colocar a raposa para cuidar do galinheiro". Para não dizer que não há alguma flor no horizonte, por fim, um terceiro texto fala de um projeto de lei que tramita no senado e que regulamenta a política sobre desertificação dos solos, contando com o apoio dos movimentos sociais.

*Retirado do ENSP

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Saindo do forno a edição de Maio/2014 da revista Radis


A edição de maio/2014 da revista Radis está disponível online. Na reportagem de capa, a publicação discute os rumos para uma Educação Pública de qualidade no Brasil. 

Ainda sob o impacto do adiamento da 2ª Conferência Nacional de Educação, que ocorreria em fevereiro, entidades educacionais, gestores e parlamentares buscam fazer valer o Plano Nacional de Educação (PNE), projeto de lei que vai determinar as metas, as prioridades e o planejamento da Educação para os próximos dez anos.

Outro destaque deste número está no debate de se desenvolvemos, no país, uma Saúde Pública ou Coletiva. O tema foi abordado por Jairnilson Paim durante a abertura do ano letivo da ENSP em 2014, ao analisar os valores e projetos envolvidos em cada um dos termos.

Outro tema é o da "Ciência salame". Você sabe o que é? A Radis trata do impacto da avaliação quantitativa na rotina de cientistas. A pressão por publicar mais partilha conteúdos, acelera processos e compromete a qualidade da produção científica.

Acesse a íntegra da edição 140 da Radis clicando aqui.

*Retirado do ENSP

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Confira a nova edição da revista Radis - Abril de 2014

Publicada em 02/04/2014

Radis alerta para a Política Nacional de Resíduos Sólidos

A reportagem de capa da Radis de abril (número 139) debate a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ao questionar "para onde vai o nosso lixo?" após o 'fechamento' dos vazadouros a céu aberto, a matéria revela que apenas metade das prefeituras elaborou um plano alternativo para os resíduos, e chama atenção para a necessidade de a população mudar seus hábitos. "A questão dos resíduos sólidos, no entanto, vai muito além da adoção de aterros sanitários, implicando em mudanças culturais na sociedade e no Estado. A responsabilidade da indústria e do comércio, que geram consumo e resíduo sem arcar com a logística reversa, é enorme", alerta o editorial. Acesse a revista clicando aqui.

De acordo com a reportagem, o fechamento dos lixões é a mais urgente das medidas determinadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (que tramitou por quase 20 anos no Congresso antes de ser sancionada), que abrange, ainda, ações como realização de coleta seletiva, responsabilização compartilhada de empresas, poder público e consumidores sobre o lixo produzido. A equipe da Radis também esteve na 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente e ouviu a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. “Não é possível que se levem outros 20 anos para resolver o problema do lixo”, afirmou na abertura do evento.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Primeira Radis de 2014 aborda trabalho infantil

Publicada em 06/01/2014

Já está disponível online a primeira edição da revista Radis em 2014. 

A publicação traz, em destaque, um importante debate sobre a exploração de crianças e adolescentes como força de trabalho, a partir de dados apresentados na 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, realizada em outubro de 2013, em Brasília. O encontro reuniu 1,3 mil participantes de 152 países, entre eles 37 ministros de Estado, que discutiram formas de erradicação para este problema. A edição de número 136 também aborda o trabalho doméstico e alerta para a exploração desta força de trabalho no meio rural. 

Além disso, a publicação apresenta uma entrevista com Arlindo Fábio Gómez de Souza sobre os 60 anos de história da Escola Nacional de Saúde Pública, e fala sobre o 6º Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária (Simbravisa), entre outras reportagens.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho, 168 milhões de crianças e adolescentes estão envolvidos em trabalho infantil. Embora estes índices tenham diminuído em 32%, quando comparados ao ano 2000, ainda há muito o que ser feito neste sentido. Programas de emprego, fiscalização, transferência de renda, mitigação da pobreza extrema e mobilização social foram algumas ações sugeridas contra a entrada de crianças e adolescentes no mercado de trabalho. A reportagem aponta que, no contexto global, o Brasil está em posição favorável devido as políticas de enfrentamento ao trabalho infantil que reduziram a atividade em 57% de 1992 a 2011. Por conta desses resultados, o país foi escolhido para sediar a conferência, que pela primeira vez ocorreu fora do continente europeu.

domingo, 17 de novembro de 2013

Não perca a e edição de Novembro de 2013 da revista Radis

06/11/2013

Mais Médicos é destaque da 'Radis' de novembro

A edição de novembro da Revista Radis (nº 134) já está disponível on-line com uma reflexão acerca das condições de saúde, trabalho e vida nas pequenas cidades e interiores. A capa traz à tona o tema do Programa Mais Médicos e o início do trabalho dos integrantes enviados às periferias, com depoimentos dos profissionais envolvidos e dispostos a se dedicar às populações de cidades onde há carência de contribuição nas equipes de saúde. A edição destaca ainda a opinião da pesquisadora da ENSP Maria Helena Machado sobre a formação não somente profissional, mas também política dos futuros médicos.

“O SUS é o celeiro para a formação, para a práxis e o mercado de trabalho”, observa a pesquisadora da ENSP, Maria Helena Machado, na matéria "A complexa formação do futuro doutor", ressaltando que o sistema de saúde brasileiro é o principal empregador dos médicos e profissionais de Saúde. Ela defende que o currículo de todas as profissões de Saúde tenha abordagem política e a formação se dê com maior diálogo entre serviço e academia. “O médico é um ser político. O SUS tem de interferir na formação”, afirma. Segundo Maria Helena, o número de vagas ofertadas nas graduações e especializações deveria se adequar à necessidade do SUS em determinadas localidades.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Alegria, alegria, a revista Radis de agosto de 2013 saindo do forno!

Publicada em 05/08/2013
Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 05/08/2013

Edição de agosto de 2013 da revista Radis está no ar

Já está disponível a versão on-line da revista Radis, edição n° 131, de agosto de 2013. A reportagem de capa, intitulada "Por que regulação não é censura?", traz a opinião de representantes de várias entidades sobre a regulação da comunicação. Entre os entrevistados está Rosane Bertotti, cientista social, secretária nacional de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). Para ela, a Constituição assegura que é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, como um direito de todas e todos, e não somente de alguns. “No entanto, o que vemos no Brasil é um eterno silenciar dos vários segmentos da sociedade: mulheres, negros, homossexuais, povos indígenas, crianças, trabalhadores rurais e urbanos e outros grupos historicamente oprimidos. Essa censura é exercida pela mídia de forma velada”, disse.

"Um marco para a pluralidade" é o título de outra matéria, na qual ativistas, políticos e profissionais da área afirmam que a democratização da comunicação é uma das importantes reivindicações levadas às ruas durante os protestos realizados em junho e julho no país, que repercute diretamente nas questões de saúde. A reportagem debate a necessidade de uma nova lei geral das comunicações, que regule democraticamente os meios. “Um projeto desse porte, quando colocado em prática, garante pluralidade e diversidade do número de vozes no debate público”, atesta, na revista, o jornalista Rodrigo Murtinho, vice-diretor de Comunicação e Informação do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), que também é o nome em foco na entrevista principal da publicação.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Viva! Saiu a revista Radis de Julho/2013

Publicada em 01/07/2013
Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 02/07/2013

Revista 'Radis' do mês de julho já está disponível on-line

Acessibilidade é o tema da reportagem de capa da revista Radis do mês de julho, nº 130. O editorial da publicação, disponível on-line, ressalta que todo o mundo é diferente e pode apresentar deficiências em algum momento. A reportagem constata, segundo o IBGE, a existência no Brasil de 45 milhões de pessoas que declaram ter alguma deficiência. Essa edição traz ainda a reportagem sobre a medicina integrativa do SUS e suas práticas complementares e uma entrevista com o professor emérito da Fiocruz, ex-diretor da ENSP e atual pesquisador do Departamento de Endemias Samuel Pessoa, Luiz Fernando Ferreira.

Todos devem caber na sociedade inclusiva é o título da reportagem que questiona quem cabe no ‘todos’ do SUS. A matéria aborda questões sobre Atendimento integral, igualdade da assistência à Saúde, o Programa Viver sem Limite, formulado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu marco civilizatório, entre muitas outras visões e perspectivas do tema. O texto conta com a colaboração de diversos pesquisadores e especialistas da área. Por exemplo, a jornalista Claudia Werneck aponta que a acessibilidade não beneficia apenas as pessoas com deficiência: segundo ela, “Ainda é tratada equivocadamente como tema de interesse de grupos vulneráveis, sem que se perceba que nós somos resultado de um sistema e tamanha desigualdade e discriminação destrói o bem-estar desse sistema”.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Não perca a revista Radis deste mês!

Publicada em 04/06/2013

Edição de junho da revista 'Radis' está no ar

A revista Radis do mês de junho, número 129, já está disponível on-line. 


Em sua matéria de capa, a Radis traz um debate sobre os espaços urbanos e as consequências do atual modelo de desenvolvimento do país. A reportagem, que teve a participação dos pesquisadores da ENSP Paulo Sabroza e Marcelo Firpo, aponta que o desenvolvimento pode ser um processo integrador quando as populações são incorporadas nos projetos. Porém, aponta a matéria, pode não ser isso o que ocorre. O texto aponta que a maior parte dos projetos imobiliários, industriais e viários nas cidades brasileiras tem foco em interesses externos às comunidades: eles alteram o processo de ocupação e uso do solo expulsando as populações mais vulneráveis. A publicação apresenta ainda uma matéria sobre o movimento contra o projeto Novo Recife, que prevê a construção de um complexo habitacional, empresarial e hoteleiro. Esse movimento usa a Internet como meio de mobilização social para promover o diálogo na busca de soluções.

A reportagem A população em segundo plano fala sobre casos emblemáticos em Recife, Salvador e Rio de Janeiro, problematizando as consequências do atual modelo de desenvolvimento no espaço urbano. Nesses locais, foram encontrados pessoas e comunidades impactadas pela especulação imobiliária, a industrialização desordenada e a realização de grandes eventos, entre outras iniciativas levadas à frente à custa da saúde e, muitas vezes, da vida de quem estiver no caminho. Segundo Marcelo Firpo, problemas ambientais são maiores em regiões com maior desigualdade social. Além disso, “eles se expressam de forma mais aguda quando há défice de democracia dessa sociedade e do nível de organização das populações mais vulneráveis. As vozes dessas populações são tidas como de pouco conhecimento técnico para dizer que os problemas ambientais ou de saúde são relevantes”.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Declaração final do Congresso da Alames - Associação Latino-Americana de Medicina Social



Apelo urgente para a solidariedade com os povos que lutam pelo direito à saúde e uma vida digna *


Nós, participantes do 12º Congresso Latino-Americano de Medicina Social e Saúde Coletiva, 18º Congresso Internacional de Políticas de Saúde e 6º Congresso da Rede Américas de Atores Locais em Saúde, reunidos no Uruguai, de 3 a 8 de novembro de 2012, declaramos:

1. Na Europa está acontecendo uma ofensiva de desmantelamento e privatização dos sistemas de saúde e proteção social, o que resulta em perda de direitos, deterioração dos serviços públicos de saúde e estabelecimento de barreiras econômicas para o acesso aos benefícios de saúde. Essa situação está ligada a uma precarização das condições de trabalho, aumento do desemprego e perda de quase todas as conquistas do estado de bem-estar social do século 20. Isso criou um estado de emergência em que os interesses da dívida primam sobre os direitos das pessoas. A destruição da proteção social na Europa, como uma suposta solução para a crise, é inaceitável, uma vez que foi gerada por injustas medidas financeiras que submeteram os países a um endividamento impagável.

2. Em relação à Turquia, exigimos a imediata libertação dos estudantes injustamente presos por sua participação em protestos contra a privatização dos serviços de saúde.

3. Na Colômbia, nosso compromisso é com a paz e saudamos as negociações recentemente iniciadas, mas denunciamos que a reforma do setor saúde no país continua a ser usada pelos bancos multilaterais como o modelo ideal para alcançar o equivocadamente chamado “seguro universal” e garantir o direito à saúde. Pelo contrário, temos mostra do impacto desse nocivo modelo na dor, sofrimento, morte evitável e iniquidade, decorrentes da extração de lucros pelos comerciantes dos recursos públicos para a saúde. Queremos dizer aos que negociam com a saúde do mundo: Não há lugar para o lucro com a vida e a saúde das pessoas. A saúde é um direito fundamental universal.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Prestigiadas pela revista Radis a Moção de Repúdio conquistada no CNS e luta contra a EBSERH da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde


Olá pessoal,

Passamos por aqui para mostrar que, a muito contento, a Radis - Comunicação e Saúde, em sua edição de novembro de 2012, prestigiou, na seção "Súmula" da revista, a luta contra a EBSERH da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde. Em especial, a conquista da Moção de Repúdio no Conselho Nacional de Saúde - CNS (Moção do CNS número 13/2012) e a realização de atos em todo o Brasil no dia 03 de Outubro de 2012.

Segue a reprodução do texto:

Data de publicação: 30/10/2012

SÚMULA

Repúdio à empresa de serviços hospitalares


Uma moção de repúdio feita por ativistas da saúde e entidades sindicais que são contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), órgão estatal destinado a gerir os hospitais universitários (HUs), foi aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde (12/09/2012) em debate sobre a criação e a implantação da empresa.

O manifesto foi divulgado no site da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde e aponta que, além de representar uma ameaça ao SUS, o controle dos HUs pela EBSERH resultará em precarização e mercantilização da saúde, cerceando a autonomia das instituições de ensino público.