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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Fórum Campinas participa de mobilização popular alusiva ao Dia Mundial da Saúde em ocupação urbana



O Fórum Popular de Saúde Campinas, que integra o Fórum Popular de Saúde do Estado de São Paulo, participou no último domingo, 08/04, das atividades realizadas na Ocupação Urbana Nelson Mandela, em razão ao Dia Mundial da Saúde, comemorado no dia 07. Estavam presentes, além dos membros da ocupação e do Fórum, outros coletivos, como o Instituto Voz Ativa e estudantes da Unicamp.

As pessoas que estão na Ocupação enfrentam dificuldades em conseguir acesso ao cuidado de saúde no Centro de Saúde do bairro. Verifica-se um descaso com a política pública de Saúde por parte da Prefeitura de Campinas. Os serviços estão cada vez mais lotados, com falta de medicamentos e exames, e os profissionais estão sobrecarregados  devido as equipes reduzidas. Aproveitou-se o momento para discutir sobre o cuidado em Saúde, sendo um direito de todo cidadão brasileiro ter acesso gratuito a atendimento quando necessário. 


Pela manhã, o evento contou também com um levantamento das necessidades de saúde da população da ocupação, realizado pela comunidade em parceria com alunos da medicina da UNICAMP, somando-se aos instrumentos para se conseguir cobrar da Prefeitura os encaminhamentos necessários e real cuidado da população. À tarde, foram realizados rodas de debate sobre violência contra a mulher, Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), sexualidade, fitoterápicos e uso de álcool e outras drogas. 

Como a temática do cuidado à saúde não deve focar somente nas doenças, a comunidade organizou um espaço para entretenimento de crianças e jovens, almoço comunitário, serviço gratuito de corte de cabelo, além de um samba para festejar a vida e dar mais energia para a luta!

Por um SUS universal, de caráter público, 100% estatal e de qualidade!

*A partir de informações do Fórum Popular de Saúde Campinas

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Moção de Repúdio do CMS Campinas pelo respeito do caráter deliberativo da Conferência e do Conselho


Moção de Repúdio - Conselho Municipal de Saúde de Campinas
(aprovada por ampla maioria, com apenas 1 voto contrário e 2 abstenções)

CONSIDERANDO que no dia 02 de dezembro de 2013 o prefeito Jonas Donizette encaminhou à Câmara Municipal de Campinas o Projeto de Lei Complementar 35/2013, que "autoriza a doação de área pública municipal ao Governo do Estado de São Paulo, para instalação, implantação, operação e funcionamento do Centro de Referência do Idoso Regional e do Centro de Apoio Psicossocial/Álcool e Drogas – CAPS AD";

CONSIDERANDO que tal projeto foi aprovado pela Câmara Municipal em duas sessões extraordinárias realizadas na manhã de hoje (11 de dezembro de 2013), convocadas para horário que inviabiliza a participação popular e cuja pauta foi divulgada somente na véspera, inclusive aos vereadores;

CONSIDERANDO que tal iniciativa do Executivo, corroborada pela maioria dos vereadores, constitui claro mecanismo de interdição do debate público sobre assunto tão relevante e polêmico;

CONSIDERANDO que neste caso não foi respeitada a deliberação unânime da 9ª Conferência Municipal de Saúde de Campinas, no sentido de que todo projeto de lei de iniciativa do Executivo que trate de Saúde seja previamente submetido ao Conselho Municipal de Saúde, em caráter deliberativo, antes do envio à Câmara;

sábado, 10 de agosto de 2013

Veja como foi: 08/08/2013 - “Ato Radical: Primeira Grande Via Sacra de Lutas pela Saúde” (SP)

Publicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 10/08/2013

Confiram o informe do Fórum Popular de Saúde do Estado de São Paulo:

Ato Radical: Primeira Grande Via Sacra de lutas pela Saúde

Foto: Cris Fraga/Fox Press Photo

Iniciamos no estado de São Paulo um processo de luta intensa pela defesa das nossas bandeiras da Saúde e com o objetivo de fazer as pessoas "perderem a paciência" com a Saúde do país e saírem às ruas.

Foto: J. Duran Machfee/Futura Press
Inspirados na forma de manifestação horizontais do Movimento Passe Livre, sem carro de som e sem discursos, no fim da tarde e com certo radicalismo realizamos a manifestação no dia 08 de agosto de 2013, que chamamos “Ato radical Primeira Grande Via Sacra de lutas pela Saúde”. Este nome se deve em alusão que a população faz uma verdadeira via sacra para conseguir atendimento neste país, e queremos dialogar com a subjetividade das pessoas, de forma a trazê-las para as ruas. Além da cidade de São Paulo, ocorreram também atos simultâneos em Campinas, Sorocaba e Itapetininga

Foto: Eduardo Enomoto/R7
Nossa Via Sacra vai atingir, ou seja, "visitar", governo federal, estadual e municipal. Um dos pontos mais radicais foi a ocupação simbólica do Hospital Sírio Libanês, símbolo da saúde como comércio e onde o senado brasileiro gasta milhões com a internação de políticos como Genoino e Sarney, que estão lá!

Nossa luta continua com ainda mais gente na próxima terça-feira, 13 de agosto, as 17h00 em frente o prédio da Prefeitura de São Paulo. Muito importante que as entidades nacionais nos ajudem a convocar, que os fóruns estaduais nos ajudem a divulgar as ações e seria muito interessante para conjuntura que outros estados realizasse atos simultâneos com São Paulo em defesa da saúde pública, estatal e de qualidade! Algum estado consegue se articular rapidamente para organizar uma luta no dia 13 de agosto?

Força para todos! A luta pela vida e para transformar a realidade é nas ruas!!!

FÓRUM POPULAR DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Alckmin é alvo de protesto contra internação compulsória em Campinas

09/04/2013
Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 11/04/2013

Por Gustavo Porto

Campinas - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi recebido nesta terça-feira (09/04) com protesto de militantes de movimentos sociais e de trabalhadores da área de saúde em cerimônia em Campinas (SP) na qual anunciou várias obras na cidade, entre elas, um Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod). Durante o discurso, os manifestantes vaiaram Alckmin, chamaram-no de "fascista" e pediram o fim da internação compulsória de usuários de crack, que também devem ser feitas na futura unidade do Cratod.

Ele afirmou aos manifestantes que, na capital paulista, não houve nenhuma internação compulsória de usuários de drogas nos 70 dias em que as operações de acompanhamento aos dependentes foram introduzidas. De acordo com Alckmin, foram 519 internações voluntárias ou involuntárias (onde os dependentes são encaminhados por um parente) e ainda 3 mil abrigamentos em unidades de apoio do governo. "Não nos omitiremos porque foi pela omissão que o Brasil se tornou o maior consumidor de crack do mundo. Em São Paulo, não se faz internação compulsória", disse.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

CMS Campinas desaprova cessão de servidores públicos para a SPDM


Publicado em 24/01/2013 por cmsaudecampinas

Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 24/01/2013

Conselho Municipal de Saúde desaprova cessão de servidores públicos para SPDM

Por Marco Aurélio Capitão

Com 15 votos contrários, 6 favoráveis e 6 abstenções, o Conselho Municipal de Saúde de Campinas (CMS) rejeitou na noite desta quarta-feira, 23/01/2013, a cessão de quarenta servidores públicos municipais para a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) [credenciada desde 1998 como Organização Social - OS] que administra o Complexo Hospitalar Ouro Verde. Os conselheiros também decidiram adiar a votação da cessão de outros 77 funcionários públicos municipais para o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira.

No caso do Cândido, o plenário optou por formar uma comissão para discutir o assunto. Integrará essa comissão membros do CMS, da Secretaria Municipal de Saúde, Sindicato dos Servidores, SinSaude e trabalhadores envolvidos. A primeira reunião está marcada para acontecer terça-feira, 29 de janeiro, às 14h00, na sala do Conselho Municipal de Saúde.

Na mesma plenária desta quarta-feira o CMS também aprovou um aditamento de R$ 13.559.638,09 para o Cândido Ferreira. Esse recurso será empregado para o pagamento das rescisões contratuais dos trabalhadores que estão sendo demitidos pela instituição até o dia 13 de março deste ano. Essas demissões, como foi determinado pelo Ministério Público Federal, colocam fim ao convênio firmado em 2005 entre a Prefeitura e o Cândido Ferreira para a contratação de trabalhadores para o Programa de Saúde da Família.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

SUS tem competência legal para fiscalizar e autuar empresas



Por Conceição Lemes


É lei. Quando um trabalhador tem um acidente no trabalho ou alguma doença decorrente da atividade profissional, a empresa deve comunicar o fato ao INSS.

O aviso se faz por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho – a CAT. É um formulário que a própria empresa preenche. Essas informações são importantes de diversos pontos de vista: trabalhista, social, previdenciário, estatístico e epidemiológico. Tanto que, em caso de omissão, a lei determina autuação e multa, independentemente de facultar a sua emissão por autoridades sanitárias, sindicato ou o próprio segurado. Foi o que aconteceu com a Pirelli Pneus Ltda., em Campinas (SP).

Durante uma inspeção, agentes do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), órgão da Secretaria Municipal de Saúde, descobriram que a empresa deixou de emitir a CAT para um funcionário com osteartrose.

Também conhecida como artrose ou osteoartrite, a doença decorre de lenta e progressiva degradação de um tecido elástico que recobre as extremidades ósseas e amortecem os impactos. É responsável por 7,5% dos afastamentos do trabalho no país.

A Pirelli contestou na Justiça do Trabalho. Alegação: o Cerest (leia-se: Sistema Único de Saúde - SUS) não teria competência para autuar e multar empresas, pois tais atribuições seriam apenas dos fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O Cerest replicou, reafirmando ter, sim, competência para fiscalizar e impor multas referentes à saúde pública, independentemente das relações de trabalho.

O Juiz do trabalho Rafael Marques de Setta, da 11ª Vara do Trabalho de Campinas-SP, negou a demanda da Pirelli, reconhecendo a competência legal do SUS em relação às questões de saúde e trabalho.

Em bom português: vigilância e fiscalização em saúde do trabalhador são competência também do SUS, e não apenas do Ministério do Trabalho.

“Desde a Constituição de 1988, o SUS tem várias atribuições na área de saúde do trabalhador. Uma delas é promover ações de vigilância, inclusive fiscalizar plenamente ambientes de trabalho”, explica a médica-pesquisadora Maria Maeno, da Fundacentro, em São Paulo. “Reconhece-se, assim, acertadamente que vários elementos da relação de trabalho são determinantes para a saúde e a produção de acidentes e doenças do trabalhador.”

Apesar de a legislação ser bastante clara sobre essas atribuições, muitas empresas contestam. Há resistência também da corporação dos auditores fiscais do trabalho.

“Se a vigilância e fiscalização em saúde do trabalhador fossem efetivamente feitas pelo SUS, o Estado e a sociedade teriam um grande ganho”, defende a doutora Maeno. “Em vez de as empresas serem fiscalizadas por centenas de fiscais do trabalho, seriam fiscalizadas por milhares de agentes do SUS em todo o país. Além disso, as atribuições do SUS não se restringem às empresas formalmente constituídas; elas alcançam qualquer local de trabalho.”

Ou seja, do ponto de vista legal, não há a menor dúvida: o SUS (vigilância e fiscalização das condições e organização do trabalho) e Ministério do Trabalho e Emprego (fiscalização do trabalho) têm atribuições em comum na área de Saúde do Trabalhador.

Portanto, poderiam ter ações integradas. Na prática, porém, isso não acontece na maior parte do país. Campinas é um dos poucos municípios onde SUS e MTE trabalham em conjunto em saúde do trabalhador.

Detalhe: as referências para fiscalização são diferentes.

O SUS fiscaliza com base nos códigos sanitários e na literatura científica, o que dá maior amplitude às ações.

O Ministério do Trabalho apóia-se nas normas regulamentadoras (NRs). O problema é que algumas estão desatualizadas e outras trazem consequências negativas para os direitos dos trabalhadores. É o caso da NR7, que determina a realização de exames periódicos por médico contratado pelas empresas; muitas vezes eles têm sido usadas para demitir trabalhadores.

Qual o caminho?

“Os órgãos governamentais devem buscar a articulação real para atuação sinérgica”, defende a Dra. Maria Maeno. “Já as empresas deveriam cumprir o seu dever, em vez de sobrecarregar a justiça com ações contestando competências legais estabelecidas.”

*Retirado do Saúde Brasil