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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Nota Pública acerca da criação do INSI - Instituto Nacional de Saúde Indígena



Por uma Saúde Pública que respeite a cultura e especificidade indígena e contra a privatização da Saúde Indígena

A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas foi estruturada como um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), instituída pela Lei nº 9.836/1999. Em 2010, com o Decreto Nº 7.336, de 19/10/2010, a sua gestão passou para a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde.

A política de Saúde Indígena reconhece as especificidades étnicas e culturais, bem como os direitos territoriais dos povos indígenas, o que é assegurado nos artigos 231 e 232 da Constituição Federal de 1988. Os direitos indígenas são reconhecidos de forma pluriétnica e multicultural, donde se inclui o direito à saúde, assegurando-lhes o acesso universal e equitativo ao SUS, segundo as determinações das Leis Orgânicas da Saúde no Brasil.

A implementação da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas requer a adoção de um modelo diferenciado de organização dos serviços, partindo-se das especificidades culturais, epidemiológicas e operacionais desses povos, a fim de garantir as condições para a proteção, promoção e recuperação da saúde, com base nos princípios e diretrizes da descentralização, universalidade, equidade, participação comunitária e controle social (Participação da Comunidade), previstos no SUS.

Para garantir esses objetivos, foram criados 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), a partir de critérios, sendo os principais: população, área geográfica e perfil epidemiológico; disponibilidade de serviços, recursos humanos e infraestrutura; vias de acesso aos serviços instalados em nível local e à rede regional do SUS; as relações sociais entre os diferentes povos indígenas do território e a sociedade regional; e distribuição demográfica tradicional dos povos indígenas. Compete aos DSEI estruturar uma rede de serviços, no âmbito da atenção básica de saúde, dentro das áreas indígenas de sua abrangência, de forma integrada e hierarquizada no nível de complexidade crescente e articulada com a rede do SUS.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Moção de apoio à Aldeia Maracanã e de repúdio à truculenta e ilegal invasão do Estado


Fonte: taxiemmovimento.blogspot.com.br

Moção de apoio à Aldeia Maracanã e de repúdio à truculenta e ilegal invasão do Estado

A Assembleia Geral da Adufrj-SSind, de 19 de dezembro de 2013, repudia a invasão truculenta e ilegal, pela Polícia Militar, da Aldeia Maracanã, no dia 16 de dezembro. Repudia as agressões ao índio Urutau Guajajara, liderança da Aldeia, que, imbuído de seu direito à resistência e subindo numa árvore, lá ficou com pouca água e sem comida, sendo diabético, por 24 horas. Quando de lá foi tirado à força e levado para a 18ª DP, o que também é ilegal.

Apoiamos a justa reivindicação de transformação do espaço em Universidade Indígena, sob controle da Associação Indígena da Aldeia Maracanã e que não seja entregue à gestão privada por Organizações Sociais, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público ou Fundações.

Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Seção Sindical

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Indígenas ocupam sede da Organização Social SPDM contra a esculhambação da Saúde Indígena em São Paulo

Publicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 26/07/2013

Fonte: www.indiosonline.net

Durante o Seminário da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em Florianópolis, tive a oportunidade de denunciar a crescente e rápida privatização da Saúde Indígena, e com isso a mais rápida ainda deterioração das condições de vida dos indígenas brasileiros. 

Os indígenas, como forma de lutar por Saúde de qualidade, tem ocupado sistematicamente as sedes dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI's). Desde o dia 24 de julho, porém, cerca de 50 indígenas ocupam, em São Paulo, a sede da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina - SPDM, uma Organização Social (OS), que é a empresa que contrata precariamente trabalhadores da área da Saúde e que recebe dinheiro público para prestar assistência à Saúde Indígena.

Segue logo abaixo uma matéria que noticia essa ocupação. É importante que os indígenas recebam apoio e solidariedade! É necessário que nos juntemos aos indígenas para lutar contra a privatização da Saúde Indígena, contra a precarização da assistência a esses povos e contra toda e qualquer forma de genocídio, principalmente o praticado pelo governo, que ao invés de garantir diretamente a saúde às comunidades indígenas, repassa milhões aos cofres de empresas privadas, OSs e ONGs para se locupletarem e deixarem os indígenas desassistidos.

Neide Solimões
Farmacêutica
Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá Tocantins/Pará

Confira a matéria:

Índigenas ocupam a sede da SPDM em São Paulo/SP
Publicado em quinta-feira, 25, julho, 2013 14:38:29

Por Tribunal Popular

Desde a tarde de ontem, 24 de julho de 2013, cinquenta membros dos povos Guarani Mbyá e Tupinambá das aldeias do Litoral Paulista e indígenas que vivem em contexto urbano da Grande São Paulo ocupam a sede da Associação Paulista de Desenvolvimento da Medicina (SPDM), na zona sul da cidade de São Paulo (SP).


As lideranças, que realizaram uma série de manifestações desde a semana passada, após ocupar o polo base da SESAI em Peruíbe e a Funai de Itanhaém, fizeram esta ocupação na sede da ONG, por esta ser a gestora dos recursos da SESAI no Estado de São Paulo (entre outros). Os indígenas vem reclamando há pelo menos dois anos da administração e aplicação dos recursos da Secretaria Especial de Saúde Indígena - SESAI em São Paulo. As aldeias estão sem equipes de saúde, sem postos de saúde e sem ambulância. Além da falta do atendimento ambulatorial, ainda reclamam de medidas preventivas de saúde, como exames, orientação de higiene e sexual, e o principal: as aldeias estão sem saneamento, o que tem causado a morte de crianças e idosos, por beberem água contaminada.

sábado, 6 de abril de 2013

Por que tanto interesse na demolição da Aldeia Maracanã?


Em 1º abril 2013 às 19:33

Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 06/04/2013


Por Maria Villas Bôas, Monte-Mor, 
natural de Ibirarema- SP.

As atitudes de muitos políticos com as minorias étnicas, principalmente a indígena, ainda hoje são impositivas e autoritárias.

Tomo como exemplo mais recente o interesse arbitrário na demolição da Aldeia Maracanã.

Pareceres e estudos feitos entre 2006 e 2012 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Público Cultural do Estado do Rio de Janeiro (INEPAC) e pelo Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Município do Rio de Janeiro, foram contra a derrubada da Aldeia Maracanã. O CREA do Rio de Janeiro também deu seu parecer contra essa demolição, porque depois de análise feita, detectaram que o edifício se encontra em estado razoável de conservação e, inclusive, o CREA sugeriu até que esse deveria ser transformado em Centro Cultural Indígena depois de uma boa restauração.

Segundo o defensor público federal Dr. André da Silva Ordacgy, esse é um caso claro em que o interesse político se sobrepõe ao caráter técnico. Ele ainda disse que essa demolição contraria a Legislação Municipal do Rio de Janeiro, por existir um Decreto Municipal que derrubadas e alterações de imóveis construídos antes de 1937 só podem ser autorizadas depois de uma determinação favorável do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural. E esse Conselho de Proteção foi, por unanimidade, contrário à demolição desde dezembro de 2012. Para reforçar o quanto é impositiva essa demolição, a Defensoria Pública da União (DPU) tentou também, através de seu parecer, evitar a derrubada e a retirada dos índios do local.

terça-feira, 26 de março de 2013

Imagem do Dia - O 'estado de exceção' imperou nos ocorridos do despejo da Aldeia Maracanã


Acusação da qual o governo Sérgio Cabral não pode escapar:

Verdadeiro estado de exceção na ação de despejo da Aldeia Maracanã!

A arte é produção da companheira Claudia Barcellos, em homenagem à lutadora Monica Lima.

(clique na imagem para ampliar)






















domingo, 24 de março de 2013

Aldeia Maracanã: É assim que se faz uma Copa?


Sábado, 23 de março de 2013

Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 24/03/2013


O Governo Cabral, no estado do Rio de Janeiro, mais uma vez trata a questão social como questão de polícia, na ação de despejo da Aldeia Maracanã. É a Copa do Mundo higienista com os pobres e racista com os índios. O histórico Museu do Índio dando lugar a um "Museu Olímpico", o que demonstra bem quais são as prioridades dos megaeventos. Uma aldeia sendo destruída, e o que oferecem aos índios são uns lotes precários ou, pasmem, moradia em hotel! E ainda teve quem disse: "mas os índios e indigenistas são inflexíveis, não aceitam nenhum acordo"... Até mesmo parlamentares apanharam: o governo Cabral surpreendendo cada vez mais ao extrapolar limites. 

Fonte: O Globo

"Cada vez que se comete um ato de violência que coloca em risco a integridade de um grupo social indígena, se esfacela sua cultura, seu modo de vida, suas possibilidades de expressão. É uma porta que se fecha para o conhecimento da humanidade, como dizia Levi-Strauss. É essa a Copa do Mundo que o governo quer fazer?". O comentário é de Fernanda Sánchez, professora da Universidade Federal Fluminense – UFF, em artigo publicado no jornal Brasil de Fato, 22-03-2013.

Eis o artigo.

Nesta sexta-feira, o Batalhão de Choque da Polícia Militar invadiu a Aldeia Maracanã, antigo Museu do Índio, e agiu com extraordinária truculência. Os policiais jogaram bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, gás pimenta, bateram nos manifestantes e prenderam ativistas e estudantes. A Aldeia estava ocupada desde o ano de 2006 por grupos representativos de diferentes nações indígenas que, nos últimos tempos, diante do projeto de demolição do prédio (para aumentar a área de dispersão do Estádio do Maracanã, estacionamento e shopping), vinham resistindo.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

“Nós, Munduruku não temos medo e vamos continuar resistindo contra os projetos de hidrelétricas que ameaçam a nossa vida”


Segunda, 04 de fevereiro de 2013

Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 13/02/2013

Fonte: www.xingu-otomo.net.br
“Não somos contra o desenvolvimento do país, mas não aceitamos ter nossas vidas destruídas em nome de um tipo de progresso que só irá beneficiar os grandes empresários, que ficarão cada vez mais ricos”. Foi em clima de indignação e revolta contra grandes projetos hidrelétricos do Governo Federal previstos para a Bacia do Tapajó, que aproximadamente 500 indígenas Munduruku realizaram a grande Assembleia entre os dias 29 de janeiro e 1º de fevereiro, no município de Jacareacanga, Pará. 

A reportagem é de Luana Luizy e publicada pelo portal do Cimi, 01-02-2013.

“O povo Munduruku está muito articulado e consciente de seus direitos. Eles estão determinados a impedir a implantação de projetos hidrelétricos previstos para a Bacia Tapajós", argumenta Cleber Buzatto, secretário-executivo do Cimi. 

O episódio da Operação Eldorado, na Aldeia Tele Pires (Mato Grosso) que resultou na morte de Adenílson Kirixi Munduruku pela Polícia Federal no dia 7 novembro de 2012 também foi pauta no encontro, que contou com a presença de lideranças das etnias Kayabi e Kayapó

“Todos os que cometeram o crime contra Adenílson e nossa aldeia precisam ser punidos. Em abril levaremos o caso a ONU sobre a omissão e violação grave dos direitos humanos dentro de nossa aldeia. Pedimos indenização à comunidade sobre os danos provocados, inclusive meu irmão corre o risco de amputar o braço em função do ataque”, denuncia a liderança Valdemir Munduruku.

Presença inusitada

A presença inusitada de um funcionário da empresa de consultoria ambiental Ecology, ligada a Eletrobrás, causou estranhamento nos indígenas. Questionado sobre sua procedência, o funcionário ora alegou ser do Ministério Público Federal, outrora da Funai, mas os indígenas conseguiram desmascará-lo e apreenderam pacificamente anotações e filmagens que portava consigo. 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Saiba como foi: Ato na Aldeia Maracanã contra a remoção! - 02/02/2013


Publicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 06/02/2013

Fonte: www.apn.org.br

Diversos movimentos sociais e outros tipos de organizações compuseram no último sábado, 02 de fevereiro de 2013, um ato público contra a remoção dos índios da Aldeia Maracanã.

O Fórum de Saúde do Rio de Janeiro e a Frente Nacional contra a Privatização da Saúde foram duas das organizações presentes.

Para saber mais sobre o importante ato, veja a matéria produzida pela Agência Petroleira de Notícias. É só clicar aqui!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Divulgando: Ato na Aldeia Maracanã - Rio de Janeiro/RJ - 02/02/2013




02 de Fevereiro de 2013 - 14h00

Rio de Janeiro/RJ: Ato Público "Não à Remoção da Aldeia Maracanã"

Gente amiga,

O governador Cabral teve que engolir a liminar dada pela justiça, a posse e o Tombamento, porém diz publicamente que vai expulsar os indígenas da Aldeia Maracanã. 

Chama a todos de invasores, não somente os indígenas - que com legitimidade possuem a posse da região - como nós dos movimentos sociais que já abraçamos a Aldeia Maracanã como nossa. 

Várias atividades educativas e culturais vem acontecendo na Aldeia. Por isso, precisamos partir para a ofensiva frente o governo Cabral, já que este sistema capitalista de desenvolvimento, com essa política de governo de extermínio das populações tradicionais, juntamente com seus históricos, não nos dá trégua e não nos deixa outra alternativa. 

E lembrando: INVASORES (como disse Cabral) são o Eike Batista, a Prefeitura, o governo do Estado  do Rio de Janeiro e suas empresas... Os índios já estavam lá, sempre estiveram historicamente!

FORA CABRAL E SEU GOVERNO CORRUPTO E TRUCULENTO!

Una-se a nós, visite a Aldeia que fica ao lado do Estádio do Macaranã. Esteja conosco e defenda não só o povo indígena, como a nossa humanidade!


domingo, 27 de janeiro de 2013

A Aldeia Maracanã é nossa!


Publicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 27/01/2013


Vitória para a luta dos indígenas. No dia 26 de janeiro, o Tribunal de Justiça do Rio concedeu uma liminar da Defensoria Pública do Rio de Janeiro que impede a demolição da Aldeia Maracanã (veja aqui), localizada no Museu do Índio na Zona Norte do Rio. A medida cautelar de urgência pode ser recorrida.

O prédio construído em 1862 é alvo de uma batalha jurídica entre o governo do Rio e cerca de 23 famílias de seis etnias indígenas que ocupam o imóvel desde 2006 e reivindicam a criação de um centro cultural. A demolição do prédio serviria para a criação de um estacionamento e um centro comercial, como parte das obras do Estádio Maracanã e entorno para a Copa 2014. Vale lembrar que o Estádio está sendo privatizado pelo governo Cabral, passando a ser administrado pelo grupo de Eike Batista.

Hoje no museu os indígenas realizam atividades educativas e culturais. O espaço também foi sede do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), órgão que deu origem à Funai. "É uma vitória parcial. Nós entendemos que, se hoje a liminar impede a demolição, não há motivo para desocupação do prédio", afirmou Newton. O desrespeito à luta da Aldeia passou inclusive por declarações do próprio Cabral desqualificando a ocupação.

O processo pode ser acompanhado neste link

Seguiremos na luta junto à Aldeia Maracanã para impedir mais esse descaso com a luta e a história indígena!

domingo, 20 de janeiro de 2013

Situação dos Guarani Kaiowás permanece dramática



Sexta, 18 de janeiro de 2013


Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 20/01/2013

“Nós somos um povo. A segunda maior etnia do país. Não queremos mais ver nossas terras banhadas de sangue, seja pelas balas dos jagunços seja pelas canetadas dos poderosos”

Fonte: juntadados.org

Os indígenas do Mato Grosso do Sul viram o ano passar sem que o governo federal fizesse uma só homologação definitiva de terra e choraram por mais duas lideranças mortas. Uma resposta pontual chegou apenas no dia 8 de janeiro deste ano quando foi publicado no Diário Oficial da União a entrega do estudo de identificação e delimitação de duas aldeias. Mas fazendeiros organizados na Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul, que teriam que se retirar do local, já afirmaram que irão questionar o relatório. 

A reportagem é de Fábio Nassif e publicada por Carta Maior, 17-01-2012.

No final do ano de 2012, milhares de pessoas tomaram conhecimento da dura realidade vivida pelo povo Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul. Após uma carta da aldeia de Pyelito Kue, informando que resistiriam a um possível despejo de suas terras, entidades, órgãos oficiais, parlamentares e governos correram para se pronunciar sobre o tema e a sociedade respondeu com gestos de solidariedade, como as manifestações realizadas em mais de 50 cidades no mês de novembro. No entanto, nada disso foi suficiente para reverter ou frear o processo de confinamento e genocídio deste povo. Os indígenas do Mato Grosso do Sul viram o ano passar sem que o governo federal fizesse uma só homologação definitiva de terra e choraram por mais duas lideranças mortas.

Uma resposta pontual chegou apenas no dia 8 de janeiro deste ano, quando foi publicado no Diário Oficial da União a entrega do estudo de identificação e delimitação de duas aldeias, incluindo a própria Pyelito Kue, que propõe a criação da terra indígena Iguatemipegua I. Mas fazendeiros organizados na Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul), que teriam que se retirar do local, já afirmaram que irão questionar o relatório, o que pode provocar mais uma ameaça de despejo das aldeias.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Ministério Público lança ofensiva judicial em favor da saúde indígena


Segunda, 10 de dezembro de 2012


O Ministério Público Federal deflagra hoje uma ofensiva contra a crise na saúde indígena no País. Uma série de ações judiciais serão propostas ao longo do dia exigindo a adoção de medidas para tentar solucionar problemas como falta de medicamentos, ausência de água potável e transporte adequado para pacientes que vivem nas comunidades.

A reportagem é de Alana Rizzo e Lígia Formenti e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 10-12-2012.

Além de pedidos locais, a Procuradoria Geral da República deverá apresentar duas ações contra a União. Uma delas pedindo o atendimento aos índios que vivem em terras em processo de demarcação e outra garantindo o acesso da população indígena a serviços de saúde de média e alta complexidade.

A estratégia, batizada de Dia D da Saúde Indígena, foi traçada a partir de uma reunião de procuradores da República na 6ª Câmara de Revisão e Coordenação, em novembro. "Relatos dos participantes indicavam a mesma fotografia. Há uma realidade indiscutível, socializada. Os índios estão morrendo não por epidemias, mas por displicência", disse a vice-procuradora geral da República, Deborah Duprat. "Estamos perdendo índios brasileiros por mortes evitáveis, e esse é um fenômeno nacional."

Dom Casaldáliga é evacuado de sua casa em São Félix por ameaças de morte


Segunda, 10 de dezembro de 2012

O bispo Pedro Casaldáliga, de 84 anos, foi forçado a deixar sua casa em São Félix do Araguaia e ir a mais de 1.000 quilômetros de distância por indicação da Polícia Federal do Brasil. A causa foi a intensificação nos últimos dias das ameaças de morte que ele recebeu por causa do seu trabalho durante mais de 40 anos em defesa dos direitos dos índios Xavante.

A reportagem é do sítio Religión Digital, 08-12-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A produtora Minoria Absoluta, que trabalha em uma minissérie sobre o religioso, foi um dos denunciantes. O fato de que o governo do Brasil decidiu tomar as terras dos fazendeiros para devolver aos índios, legítimos proprietários, agravou o conflito.

A produtora assinalou que a equipe de filmagem teve que modificar o seu plano de trabalho. Concretamente e por recomendação do governo brasileiro, a equipe teve que atravessar a floresta e fazer uma rota de 48 horas de duração para evitar a zona de conflito.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

“Não aceitaremos mais promessas vazias”, declara assembleia Guarani e Kaiowá


Terça, 04 de dezembro de 2012

Mais de 300 Guarani e Kaiowá, reunidos no Aty Guasu - grande assembleia dos povos Guarani do Mato Grosso do Sul - concluíram o encontro declarando às autoridades brasileiras: "não aceitaremos mais promessas vazias". Os indígenas estiveram reunidos no município de Douradina, entre os dias 28 de novembro e 02 de dezembro na aldeia Panambi.

A notícia é do portal do Cimi, 03-12-2012.

Fonte: http://funaipontapora.wordpress.com
Com representação de todos os tekoha - "o lugar onde se é" Guarani, seja aldeia, retomada ou acampamento -, os indígenas fizeram duras críticas aos poderes executivo, legislativo e judiciário brasileiros, sintetizados no documento final do encontro. Para eles, os Guarani e Kaiowá vivem um contexto de massacre silencioso que "banha nossas terras apenas com o nosso sangue", acusando que "este estado de genocídio é reforçado pelo governo brasileiro".

A assembleia Guarani culminou com a visita de uma delegação do poder público composta pela presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), representantes do Ministério da Justiça, da Cultura e da Agricultura, Polícia Federal e Força Nacional, além da Polícia Civil de Dourados e de parlamentares do Mato Grosso do Sul e da Câmara dos Deputados. "Queria deixar a minha palavra aos três poderes: que ouçam o nosso grito. Nesta terra está um pedaço da nossa carne. Nessa terra aqui está o sangue dos nossos antepassados, os ossos das lideranças interrompidas. Essa é a terra que nós queremos", falou Oriel Benites, de Limão Verde.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Campanha reivindica direito de resposta aos guaranis-kaiowás


Direitos Humanos| 19/11/2012 | Copyleft 

Confira a Carta Pública assinada pelo Conselho Aty Guasu (Grande Assembleia do povo Guarani e Kaiowá), pela Comissão de Professores Kaiowá e Guarani e pela Campanha Guarani. 


Participe da campanha.


“A escrita, quando você escreve errado, também mata um povo”, afirmaram professores guaranis-kaiowás ao ler a matéria “A ilusão de um paraíso”, publicada pela Veja. Nesta segunda (19), a Folha também cedeu espaço para a fúria conservadora destilar seu ódio contra os indígenas. Professores e lideranças da etnia, além de militantes da causa indígena, pedem adesão à campanha “Direito de resposta aos Guarani-Kaiowá Já!”.

Da Redação

A fúria conservadora contra o reconhecimento dos direitos constitucionais dos índios guarani-kaiowá ganha corpo na mesma proporção em que a campanha em prol da etnia ocupa mais e mais espaços nas ruas e nas redes sociais de todo o mundo. E, neste processo, a mídia conservadora, como era de se imaginar, se torna terreno fértil para a propagação de todo tipo de preconceitos e inverdades históricas contra as populações indígenas. É neste ambiente que índios e defensores dos direitos humanos se uniram para lançar a campanha “Direito de resposta aos Guarani-Kaiowá Já!”, direcionada à revista Veja, precursora dos ataques.

“A escrita, quando você escreve errado, também mata um povo”, afirmaram professores guaranis-kaiowás a respeito da matéria “A ilusão de um paraíso”, publicada na edição da revista Veja de 04/11/2012. De acordo com os organizadores da campanha, a matéria é “claramente parcial no que diz respeito à situação sociopolítica e territorial em Mato Grosso do Sul, pois afirma que os indígenas querem construir ‘uma grande nação guarani’ na ‘zona mais produtiva do agronegócio em Mato Grosso do Sul’”.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

863 índios se suicidam... e quase ninguém viu


Bob Fernandes: 863 índios se suicidam... e quase ninguém viu

*Retirado do Mario Lobato

Assista o vídeo:


Ou leia o texto:

Nas últimas semanas, além do futebol de sempre, dois assuntos ocuparam as manchetes: o julgamento do chamado "mensalão" e, em São Paulo, o programa de combate a homofobia, grotescamente apelidado de "Kit Gay". Quase nenhuma importância se deu a uma espécie de testamento de uma tribo indígena. Tribo com 43 mil sobreviventes.

A justiça federal decretou a expulsão de 170 índios na terra em que vivem atualmente. Isso no município de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul, à margem do Rio Hovy. Isso diante de silêncio quase absoluto da chamada "Grande Mídia". Eliane Brum trata do assunto no site da revista Época. Há duas semanas, numa dramática carta-testamento, os Kaiowá-Guarani informaram:

-Não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui, na margem do rio, quanto longe daqui.  Concluímos que vamos morrer todos. Estamos sem assistência, isolados, cercados de pistoleiros, e resistimos até hoje. Comemos uma vez por dia.

Em sua carta-testamento os Kaiowá/Guarani rogam:

- Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos para decretar nossa extinção/dizimação total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos. Este é o nosso pedido aos juízes federais.