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domingo, 8 de setembro de 2013

Dez mil mortes em dez anos

05/08/2013
Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 08/09/2013

Dados coletados pelo sociólogo Michel Misse, em parceria com a OAB/RJ, mostram um número absurdo de mortes decorrentes de autos de resistência e de desaparecimentos no Rio de Janeiro entre 2001 e 2011. 

Por Artur Voltolini, do Observatório de Favelas


A OAB/RJ lançou no dia 27 de agosto a campanha “Desaparecidos da Democracia”, em que divulga o resultado da pesquisa comandada pelo sociólogo Michel Misse, da UFRJ, cujos resultados mostram que mais de dez mil pessoas foram mortas sob suspeita de confronto com a polícia fluminense entre os anos de 2001 e 2011. O objetivo da campanha é pressionar o Estado a divulgar os dados sobre essas mortes para que seja formado um banco de dados com todas as informações, desde o nome dos policiais envolvidos até depoimentos de parentes das vítimas. Esses dados serão analisados por uma equipe multidisciplinar para posteriormente criar propostas para definir os protocolos de ação policial, melhorar o sistema de Justiça Criminal e, com isso, fortalecer a democracia.

Segundo Michel Misse, a polícia fluminense mata mais do que a de muitos países. Nos Estados Unidos, onde a polícia é conhecida pela truculência, são mortos em confronto uma média anual de 300 pessoas para uma população de aproximadamente 314 milhões (uma morte para cada 1.050.000 pessoas). Já no Rio de Janeiro são mil mortes para 16 milhões de habitantes (uma morte para cada 16.000 pessoas). Misse afirma que isso não ocorre nem mesmo em outros países latino-americanos com processo histórico violento de guerras civis e tráfico de drogas, como Colômbia e México. Para o sociólogo, a falta de indignação da sociedade frente a esse quadro causa tanta preocupação quanto os próprios dados.

O Superintendente Estadual de Igualdade Racial, Marcelo Dias, disse que o resultado da pesquisa aponta para o racismo existente no Brasil, já que a maior parte dos mortos em suspeita de confronto com a polícia e os desaparecidos é composta de negros, jovens e pobres. “Hoje como a PM faz o que fez [contra os manifestantes] no Centro e na Zona Sul a sociedade se indigna, mas quando a OAB vai para a Maré participar do protesto contra os 10 mortos durante uma operação policial ela é criticada. Essa é uma sociedade racista”, defende.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Da FASUBRA: Moção de Repúdio contra a truculência policial nas manifestações no Rio de Janeiro


MOÇÃO DE REPÚDIO

A FASUBRA Sindical vem a público denunciar a forma truculenta e criminosa com que a Polícia Militar do Governo Sérgio Cabral vem reprimindo os participantes das legítimas manifestações que ocorrem no Rio de Janeiro, causando fatos lamentáveis como o ocorrido com o técnico-administrativo em educação Rafael Caruso, da UNIRIO, atingido por um tiro de armamento letal na panturrilha esquerda, durante a manifestação de ontem (21/07/2013).

O uso de armas letais contra população civil não se justifica sob nenhuma hipótese. Desta maneira, a FASUBRA repudia as agressões praticadas pela Polícia Militar contra os cidadãos que exercem seu legítimo direito de livre expressão, reitera seu apoio às manifestações, ao mesmo tempo em que exige a punição dos culpados.

Direção Nacional da FASUBRA, 
em reunião ordinária nos dias 22 e 23 de julho de 2013

*Retirado da FASUBRA

terça-feira, 23 de julho de 2013

Carta de Solidariedade ao companheiro Rafael Caruso, trabalhador do Hospital Gaffrée e Guinle (RJ)


Rio de janeiro, 23 de julho de 2013.

Caros professores, técnicos administrativos e estudantes da Unirio,

Fonte: hhenkels.blogspot.com
A diretoria da ADUNIRIO se solidariza com o nosso companheiro, servidor do nosso hospital, Rafael Caruso, que ontem foi baleado, vítima da violência policial na manifestação legítima da população carioca nas imediações do Largo do Machado. Ele foi atendido no Souza Aguiar e, em seguida, depôs sobre a forma absurda da agressividade com a qual a polícia vem tratando os cidadãos e trabalhadores.

Para garantir a "segurança" do chefe da Igreja Católica, a PM do Rio usa balas de chumbo contra os manifestantes do Rio, fato já confirmado inclusive pela OAB. Além disso, jornalistas da mídia independente foram presos por estarem transmitindo o protesto ao vivo! O exemplo claro dessa violência absurda foi a bala de fuzil que atingiu o servidor público do Gaffre e Guinle. A “polícia do Sr. Cabral” esperou a saída do Papa para começar a atirar com armas letais contra os manifestantes.

domingo, 16 de junho de 2013

Depoimento sobre os massacres em São Paulo

13 Jun 2013
Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 16/06/2013

Por Riorgior R. Ranger, via Facebook

Fonte: O Estado de São Paulo
Existem mil motivos pra ir pra rua. Mas, se você estiver em dúvida, vá ao menos por um: para ver o que acontece. Porque se eu te contar, você não acredita. 

Você vai achar impossível a polícia ter atirado e lançado bombas gratuitamente em quem estava cantando e sorrindo. 

Você não vai acreditar se eu te disser que a polícia jogou bombas até nas pessoas que tentavam se refugiar no posto de gasolina (cheio de combustível, obviamente). 

Você vai achar que estou exagerando ao dizer que esses porcos fardados jogaram bombas até nas vias que estavam cheias de carros presos no trânsito, com pessoas dentro. 

Fonte: Brasil de Fato
Você vai achar que é piada se eu te disser que a polícia roubou duas de nossas mochilas, sem nenhum motivo. 

Você vai achar que é balela se te disser que novamente esses covardes estavam sem as identificações nos uniformes, porque sabiam que iam abusar da violência e não gostariam de se expor, porque obviamente ficar impune é muito melhor, né? "Servir e proteger". 

Se você realmente não acreditar em nada disso, eu até te entenderei. Porque eu concordo, é surreal demais pra ser verdade. 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Truculência, tratoraço e privatização dos serviços públicos!

por Bernardo Pilotto*. 

Máquinas de choque, gritaria, votação às escondidas no porão da ALEP, trancamento da casa, corte da iluminação… Esses, entre outros, foram os procedimentos usados pelo governo Beto Richa e sua maioria parlamentar para aprovar, na última segunda-feira (05/12) o PL 915/11, que autoriza a gestão dos serviços públicos por Organizações Sociais (OS’s).


A truculência não foi ao acaso. O projeto é um simbolo do atual modelo hegemônico de governo, em que os mais diversos serviços públicos estão sendo terceirizados ou privatizados diretamente, seja através das parcerias público-privadas, fundações estatais de direito privado, empresa brasileira de serviços hospitalares e por OS’s. Esses modelos terceirizantes trazem grande benefício ao setor privado, que recebe grandes quantias (através de entidades laranjas classificadas como OS’s) de dinheiro público para gerir os serviços públicos, sem precisar fazer licitação e concursos. Mas esse dinheiro volta aos governantes (e não ao Estado), através de polpudos financiamentos de campanha.

Apesar de hegemônico do ponto de vista governamental, esse modelo, especialmente aquele que foi aprovado pelos deputados paranaenses (gestão por Organizações Sociais), vem sendo bastante questionado, tanto por órgãos do próprio Estado, como Tribunais de Contas e Ministérios Públicos, como pelos movimentos sociais, sindicatos, entidades estudantis, etc. Recentemente, o prefeito de Campinas (Dr. Hélio, do PDT) sofreu impeachment por corrupção, num processo que começou a partir da crise da saúde e do modelo de OS’s. Em Londrina, há diversos casos de corrupção sendo investigados a partir da gestão da área de saúde por modelo semelhante e a população vem se organizando pra rejeitar novas Organizações Sociais.